Nos primeiros meses da quarentena decorrente da pandemia de Covid-19, o percentual de feminicídio cresceu 22,2% no País, em comparação com o mesmo período de 2019. Os dados, divulgados em maio, são do Fórum Nacional de Segurança Pública. Para combater esse tipo de crime, a Associação dos Magistrados do Brasil (AMB), em parceria com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), lançou a campanha Sinal Vermelho contra a Violência Doméstica.

A adesão da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) a essa campanha será debatida em audiência pública da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher, nesta quinta-feira (1º/10/20), às 9 horas, no Auditório José Alencar, no andar térreo da sede do Legislativo.

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A reunião atende a requerimento assinado pela presidenta da comissão, deputada Andréia de Jesus (Psol), e pelas deputadas Delegada Sheila (PSL), Celise Laviola (MDB), Leninha e Marília Campos (ambas do PT).

A presidenta da comissão alerta para a gravidade do quadro, sobretudo para as negras, enfatizando o valor deste tipo de iniciativa. "As mulheres negras são as que mais sofrem e mais denunciam a violência. Precisamos ter instrumentos que apoiem as mulheres nessas situações, que criem redes de apoio. É isso o que propõe a campanha, permitir de forma segura que as mulheres encontrem ajuda", destaca Andréia de Jesus.

Foram convidadas para debater o tema a juíza e presidente da AMB, Renata Gil de Alcântara Videira; e a coordenadora do Movimento de Mulheres da Zona Norte de Belo Horizonte e do Movimento Mais Mina no Estádio, Adriana Ferreira.

A Campanha – Lançada em 10 de junho deste ano, segundo o portal da AMB, a campanha já conta a adesão de mais de 10 mil farmácias em todo o Brasil. A proposta é de que a mulher vítima de violência doméstica desenhe um “X” vermelho na palma da mão e mostre a qualquer atendente que, ao ver o sinal, deverá acionar a autoridade policial imediatamente. 

Confira a lista das redes de drogaria que já aderiram à iniciativa.