Singularidades da pandemia e desafio para os gestores serão abordados por Antônio Jorge - Arquivo ALMG

Plenário recebe o psiquiatra e sanitarista Antônio Jorge

Ex-deputado e ex-secretário de Saúde abordará os desafios da gestão da Covid-19 e a experiência de ter sido infectado.

26/05/2020 - 16:04

Médico com grande experiência em gestão de saúde pública, o ex-deputado Antônio Jorge participa, nesta quarta-feira (27/5/20), de Reunião Especial no Plenário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), às 14 horas, para debater a pandemia da Covid-19.

Antônio Jorge atuou no Comitê de Enfrentamento da Covid-19, do Ministério da Saúde, ainda na gestão de Luiz Henrique Mandetta, a partir de um convite pessoal do então ministro. E também foi infectado pelo novo coronavírus, que lhe causou pneumonia grave.

Ele participará presencialmente da reunião, assim como o presidente da Comissão de Saúde da ALMG, deputado Carlos Pimenta (PDT). Os demais membros da comissão participarão de forma remota e poderão encaminhar perguntas próprias e dos parlamentares de seus respectivos blocos.

Acompanhe a reunião ao vivo.

“Vou abordar a singularidade da pandemia de Covid-19, que ficará na nossa agenda ainda por muito tempo”, adianta Antônio Jorge. Os desafios para a sociedade e a complexidade que a doença traz para o gestor, que é o colapso do sistema de saúde, também serão tratados.

Além da atuação recente no combate ao novo coronavírus, Antônio Jorge tem no currículo oito anos de trabalho na Secretaria de Saúde de Minas Gerais, quatro deles à frente da pasta. “Fui o gestor durante a pandemia de H1N1”, relembra. Psiquiatra, ele também é especialista em Gestão de Sistema de Saúde, pela Fiocruz.

Infectado – No último mês de abril, o ex-deputado foi diagnosticado com a Covid-19, precisou ser internado e recebeu suplementação de oxigênio por seis dias, sem necessitar ser entubado.

“Em 36 horas, o meu quadro evoluiu para pneumonia nos dois pulmões. Eu achei que iria morrer. A falta de ar é inacreditável”, relata.

As experiências de gestor e de doente levam o médico a avaliar a Covid-19 como uma doença de grande repercussão, em função dos vários problemas que pode desencadear. “Se faltar assistência, o paciente morre”, afirma.