Crônica para um Futuro Imaginado é a nova atração da TV Assembleia, que estreia nesta terça-feira (12/5/20). A série, que pode ser vista na TV, no canal do Youtube e no Portal da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), pretende fazer um registro de reflexões sobre os tempos de Covid-19 e suas consequências.

O período de pandemia, restrições e isolamento tem sido avaliado como um ponto de inflexão na história do mundo, com desdobramentos que merecem toda ordem de especulação. Época propícia também para o exercício da reflexão.

Em cada episódio da nova série, que entrará na grade da TV Assembleia sempre às terças-feiras, nos intervalos da programação, ao longo de todo o dia, um pensador, acadêmico ou ator social apresentará o seu ponto de vista, indicando possíveis consequências e desafios que a pandemia oferece ao futuro.

Este programa de estreia traz o depoimento do mestre em Filosofia e professor, Francisco Razzo. Uma das vozes do pensamento conservador no Brasil, ele escreve semanalmente para o jornal Gazeta do Povo, do Paraná.

O estudioso não se arrisca a predizer como será o pós-Covid-19, mas mostra receio de que haja mais radicalização diante da “pandemia de rivalidades” que atualmente marca a política no Brasil. Ele também ressalta que esse período vem mostrando a necessidade de se valorizar o social.

“A pandemia também faz a gente lembrar da fragilidade da nossa existência, do quanto somos dependentes enquanto comunidade, nós precisamos disso. A gente fica nesse debate de ‘economia ou isolamento?’, que revela problemas sociais importantes. Esse é um debate superficial, porque, no fundo, está revelando que não é nem uma coisa nem outra, está revelando quem nós somos, a necessidade que temos de valorizar um ao outro e a comunidade em que vivemos”, avalia o filósofo.

Francisco Razzo também sugere a experiência religiosa como caminho para superação da ruptura social brasileira.

Próximas edições – Toda semana, será publicado um novo episódio de Crônica para um Futuro Imaginado. As próximas edições trarão reflexões dos economistas Mônica de Bolle e Flávio Comim e do filósofo Vladmir Safatle.