O Grupo de Trabalho da Barragem de Brumadinho, instituído pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), se reuniu, nesta quinta-feira (12/3/20), para analisar 20 das 150 recomendações previstas no relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) e discutir encaminhamentos àquelas que ainda não foram atendidas.

Uma das recomendações não realizada é a instalação, por parte da Agência Nacional de Mineração (ANM), de uma sala informatizada, com plantão 24 horas, para monitorar barragens com dano potencial alto. O grupo de trabalho decidiu solicitar à direção da ANM um posicionamento sobre a demanda, sugerida pelo próprio órgão como alternativa para tentar compensar a falta de pessoal para a fiscalização.

Entre as recomendações atendidas, está o acompanhamento ao acolhimento da Vale aos animais resgatados em consequência do rompimento da Barragem de Brumadinho, bem como a reintrodução de espécies de animais silvestres no seu habitat. Esse monitoramento vem sendo realizado pelo Instituto Estadual de Floresta.

Corpos não encontrados -  O coordenador do grupo, deputado André Quintão (PT), afirmou que vai agendar reunião com o comando do Corpo de Bombeiros, a fim de obter informações sobre a situação da busca aos 11 corpos que ainda não foram encontrados. O parlamentar também defendeu que o grupo de trabalho passe a monitorar os processos criminais envolvendo as pessoas que foram responsabilizadas pelo desastre em Brumadinho, lembrando que as denúncias acatadas pela Justiça seguem linha semelhante à do relatório da CPI.

Essa foi a quarta reunião do grupo, instituído em setembro de 2019 pela ALMG com o objetivo de monitorar a implementação das recomendações do relatório da CPI. Seus outros integrantes são os parlamentares que foram membros efetivos da CPI: Gustavo Valadares (PSDB), Sargento Rodrigues (PTB), Cássio Soares (PSD), Glaycon Franco (PV), Noraldino Júnior (PSC) e Beatriz Cerqueira (PT).