O hip hop se popularizou pelas periferias do mundo inteiro - Arquivo ALMG

Comissão aborda presença de mulheres no hip hop

Apesar de estar voltado a uma cultura de minorias, direcionado a questões sociais, o hip hop ainda é muito machista.

19/11/2019 - 15:55

A Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) realiza na próxima quinta-feira (21/11/19), às 9h30, no Auditório do andar SE, um debate sobre a participação das mulheres no "hip hop"

Acompanhe a reunião ao vivo e participe do debate, enviando dúvidas e comentários.

O requerimento é da presidenta da comissão, deputada Marília Campos (PT). Uma das convidadas já confirmadas é Ildslaine Monica da Silva, também conhecida na cena hip hop como MC Sharylaine, ativista cultural e social de São Paulo.

Em 1986, Sharylaine fez parte do Rap Girls, primeiro grupo de rap formado apenas por mulheres no Brasil. A rapper foi uma das fundadoras da Frente Nacional de Mulheres no hip hop, coletivo atuante em 17 estados brasileiros. Entre seus sucessos, destacam-se as músicas “Nossos Dias” (1990) e “Saudade” (1992), a partir de quando ela se tornou mais conhecida.

Surgido em meados dos anos 70, nos guetos dos Estados Unidos, o hip hop se popularizou pelas periferias do mundo inteiro, chegando a São Paulo na década de 80. O ritmo foi, então, disseminado para todo o País e tem crescido a cada ano. Mais que uma cultura, o hip hop é um movimento que tem como base quatro elementos artísticos: Break, DJ, MC e Graffiti, cujas expressões reivindicam espaço de protagonismo e poder na sociedade brasileira, ainda tão racista.

Apesar de ser uma cultura de minorias, direcionada às questões sociais, o hip hop é bastante machista. Os integrantes ainda duvidam do talento e capacidade das mulheres que, mesmo com toda dificuldade, ultrapassam barreiras para seguir adiante com seus sonhos e carreiras profissionais. Mesmo assim, hoje no movimento muitas mulheres produzem, rimam, grafitam, discotecam e dançam por todo o Brasil.

Outros convidados – Também estão convidadas para debater o tema representantes do Ministério Público e da Defensoria Pública, bem como a coordenadora da Frente Nacional de Mulheres do Hip Hop/MG e coordenadora do Coletivo Vivonas, Luciana Patrícia Arruda.

Consulte a lista completa de convidados para a reunião