Sind-UTE/MG é homenageado por seus 40 anos
Entidade sindical e a Assembleia de Minas se encontraram em diversos momentos de sua história.
27/09/2019 - 17:07O Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG), que está celebrando 40 anos de fundação, será homenageado nesta terça-feira (1º/10/19) pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).
Durante reunião da Comissão de Educação, Ciência e Tecnologia, será entregue o diploma referente ao voto de congratulações com o sindicato, por seus 40 anos de história. O evento será realizado no Auditório José Alencar, a partir das 19 horas.
O requerimento para a homenagem é de autoria da presidenta da Comissão de Educação, Ciência e Tecnologia, deputada Beatriz Cerqueira (PT), que já foi dirigente do Sind-UTE/MG. A atual coordenadora-geral da entidade, Denise de Paula Romano, receberá a homenagem em nome do sindicato.
Origem – A história do Sind-UTE e da Assembleia de Minas se encontram desde o início. O Parlamento mineiro foi o local escolhido pelos trabalhadores da educação para o maior ato reivindicatório da greve de 1979, que levou à fundação da entidade. Uma assembleia com mais de 10 mil participantes foi organizada em resposta ao então secretário da educação, Paulino Cícero, que disse não reconhecer a greve por se tratar de um “movimento anônimo e sem rosto”.
Iniciada em maio, a greve durou 41 dias, enfrentou repressão violenta e gerou a mobilização necessária para a criação da União dos Trabalhadores do Ensino (UTE), entidade que deu origem ao Sind-UTE, alguns anos mais tarde. Em 1º e 2 de novembro de 1979, durante o 2º Congresso dos Educadores de Minas Gerais, é eleita a primeira diretoria e aprovado o estatuto da UTE.
Em agosto de 1983, a UTE participa da fundação da Central Única dos Trabalhadores (CUT). No mesmo ano, filiou-se à Confederação dos Professores do Brasil (CPB), que deu origem à Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE).
Vitória – Três anos depois, os trabalhadores da educação realizam duas greves sucessivas em Minas Gerais. Durante a segunda delas, foi montado um acampamento permanente na Assembleia Legislativa, exigindo o cumprimento do acordo firmado com o Governo do Estado no primeiro semestre. Em 7 de outubro, o movimento grevista conquista uma grande vitória: a Assembleia Legislativa derruba, por 75 votos a zero, o veto do governador à lei que instituía os pisos salariais da categoria.
Em agosto de 1990, durante um congresso dos trabalhadores da educação, a UTE se une à Associação de Orientadores Educacionais de Minas Gerais (Aoemig), Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública de Belo Horizonte (Sintep), Sindicato dos Profissionais da Educação Pública de Minas Gerais (Sinpep) e Associação de Diretores e Vices de Escolas Municipais de Belo Horizonte (Advem), dando origem ao Sind-UTE, já com o nome atual. Posteriormente, o Sinpep se desliga da entidade.
Além de organizar os profissionais de ensino na luta por melhores condições de trabalho, o Sind-UTE também participou de alguns dos principais movimentos políticos da recente história do Brasil, tais como a luta pela anistia aos presos políticos da ditadura militar, campanha por eleições livres e diretas em 1984, defesa dos direitos dos trabalhadores na Constituição de 1988 e o movimento pelo impeachment do ex-presidente Fernando Collor.