Secretários de Estado, políticos, desembargadores, militares, empresários e escritores foram alguns dos agraciados

Parlamentares são homenageados com Medalha JK

Entregue em Diamantina, comenda celebra pessoas e entidades que contribuíram para o desenvolvimento de Minas.

12/09/2019 - 12:01

Quinze deputadas e deputados da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) receberam, na manhã desta quinta-feira (12/9/19), a Medalha Presidente Juscelino Kubitschek, em solenidade realizada em Diamantina (Central), cidade natal do ex-presidente da República. Outros quatro parlamentares foram indicados, mas não puderam comparecer devido a outras agendas.

Este ano, 108 personalidades e entidades que contribuíram para o desenvolvimento do Estado foram homenageadas com a comenda, criada pela Lei 11.902, de 1995 e entregue pela primeira vez em 1996. A honraria é concedida, anualmente, em 12 de setembro, data de aniversário de JK. Secretários de Estado, políticos, desembargadores, militares, empresários e escritores foram alguns dos agraciados.

Os integrantes do Parlamento mineiro que foram homenageados com a Grande Medalha foram o 1º e o 2º vice-presidentes da ALMG, respectivamente, deputados Antonio Carlos Arantes (PSDB) e Cristiano Silveira (PT); o 3º secretário da Casa, deputado Arlen Santiago (PTB); e os deputados Inácio Franco (PV) e Ulysses Gomes (PT). Os deputados Cássio Soares (PSD) e Gustavo Valadares (PSDB) também foram indicados a receber este grau, mas não puderam comparecer.

A Medalha de Honra foi concedida às deputadas Leninha (PT) e Rosângela Reis (Podemos) e aos deputados Celinho Sintrocel (PCdoB), Charles Santos (Republicanos), Doutor Paulo (Patriotas), Fernando Pacheco (PHS), Gustavo Mitre (PSC), Leonídio Bouças (MDB), Thiago Cota (MDB) e Zé Reis (PHS). Glaycon Franco (PV) e Noraldino Júnior (PSC) também estão na lista de agraciados, mas não puderam ir à solenidade.

O primeiro a receber a Grande Medalha foi o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo). A entrega foi feita pelo presidente do Tribunal de Justiça do Estado, desembargador Nelson Missias.

Desenvolvimento – O caráter desenvolvimentista de JK foi lembrado em vários discursos durante a solenidade. Em seu pronunciamento, o governador Romeu Zema afirmou que Minas Gerais precisa de uma nova era, em que o Estado supere os problemas estruturais, como a falta de medicamentos em postos de saúde.

Zema destacou que o Estado está acima da Lei de Responsabilidade Fiscal em relação ao pagamento da folha de pessoal e que “não existe milagre” para sair da crise financeira. Ele disse que mudanças são necessárias para garantir a sustentabilidade do Estado e lembrou que o Congresso Nacional está analisando as reformas da Previdência e tributária, o que pode auxiliar os entes federados.

O orador da cerimônia foi o secretário de Estado de Governo, Bilac Pinto. Em seu discurso, ele ressaltou que o governo está empenhado em se unir a outros atores sociais para construir o desenvolvimento de Minas Gerais.

O prefeito de Diamantina, Juscelino Roque, lembrou o carisma e comprometimento de JK durante sua vida pública e destacou que é importante que as dificuldades enfrentadas pelo Estado sejam superadas por meio do trabalho, do desenvolvimento e da ética.

Eficiência - Em entrevista à TV Assembleia, o 1º vice-presidente da ALMG, deputado Antonio Carlos Arantes, afirmou que a Medalha JK contribui para que todos inspirem-se nas ideias do ex-presidente da República, levando o poder público a fazer mais em menos tempo. O parlamentar fez referência ao slogan “50 anos em 5”, que orientou o mandato de Juscelino, cujo objetivo era promover o desenvolvimento do País por meio de investimentos na indústria e na infraestrutura viária, por exemplo.

Casa de Juscelino - Antes da solenidade, autoridades participaram da reabertura da Casa de Juscelino, localizada no centro de Diamantina. O imóvel, construído há mais de 150 anos, foi residência do político que presidiu o Brasil entre 1956 e 1961. Antes de ser presidente da República, JK foi prefeito de Belo Horizonte (1940-1945) e governador do Estado (1951-1955).

A Casa de Juscelino foi transformada em centro cultural, composto por museu e biblioteca que preservam a memória de JK. Em fevereiro deste ano o imóvel teve que fechar suas portas por falta de verbas.