Relator seguiu o entendimento da CCJ, que havia apresentado o substitutivo n° 1
Proibição de linhas chilenas e com cerol pode ser regulamentada por lei

Plenário já pode votar proibição de pipas com linha cortante

Substitutivo avalizado pela Comissão de Segurança Pública sugere multas mais severas aos infratores.

03/09/2019 - 12:06

Após receber parecer de 1º turno favorável à sua aprovação da Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa de Mina Gerais (ALMG) nesta terça-feira (3/9/19), o Projeto de Lei (PL) 906/19, que proíbe o uso de pipas com linhas cortantes em áreas públicas e comuns, já pode ser analisado em Plenário.

O relator, deputado João Leite (PSDB), seguiu o entendimento da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que havia apresentado o substitutivo nº 1.

Originalmente, a proposição, de autoria do deputado Mauro Tramonte (PRB), alterava a Lei 14.349, de 2002, criada para proibir o uso das linhas com cerol, de modo a barrar a fabricação e distribuição de produtos para esses fins em Minas Gerais e aumentar o valor das multas aplicadas aos infratores.

O novo texto, no entanto, revoga a norma e cria uma nova, mais abrangente e mais severa com relação às multas. Quem for pego vendendo linhas cortantes terá que pagar uma multa de 1.000 Ufemgs (Unidades Fiscais do Estado de Minas Gerais), que hoje representa R$ 3.590. Esse valor pode ser aumentado em até cinquenta vezes (cerca de R$ 179 mil), em casos de reincidência.

Quando a linha apreendida estiver em poder de criança ou adolescente, seus pais ou responsáveis legais serão notificados pessoalmente da infração.

Enquanto o cerol é produzido artesanalmente e aplicado em linhas para "cortar e derrubar pipas ou pagaios dos adversários", a linha chilena é feita industrialmente e chegou ao mercado mineiro nos últimos anos. À linha original seriam adicionados pó de quartzo e óxido de alumínio, o que aumenta enormemente seu poder cortante.

Relatório - O deputado João Leite destaca, em seu parecer, que esses produtos cortantes, além dos riscos à integridade física da população, podem causar também prejuízos materiais, como danos nos cabos de iluminação pública e até mesmo em aeronaves, como o ocorrido com um helicóptero do Corpo de Bombeiros em 2018.

No decorrer da tramitação, foi anexado à proposição o Projeto de Lei 933/19, do deputado Alencar da Silveira Jr (PDT), que proíbe a fabricação, a venda e o uso de cerol, linhas chilenas ou qualquer produto semelhante. Também foi anexado o PL 960/19, de mesmo teor, do deputado Cleitinho Azevedo (Cidadania).

Consulte o resultado da reunião.