Parlamentares e sindicatos se mobilizam contra a proposta de privatização da Cemig - Arquivo ALMG

Risco de fechamento leva comissão a base da Cemig

Unidade que estaria ameaçada fica no bairro São Gabriel, tem 115 funcionários e atende 700 mil consumidores.

23/08/2019 - 12:17

A possibilidade de fechamento da base operacional da Cemig no bairro São Gabriel, em Belo Horizonte, é o motivo de visita da Comissão de Administração Pública da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) ao local, marcada para terça-feira (27/8/19), a partir das 8 horas. A base da Cemig fica na rua Poço Branco, 21.

A atividade foi requerida pela deputada Beatriz Cerqueira (PT) e tem como finalidade verificar a importância e o alcance do atendimento prestado pela unidade operacional. Os rumores sobre o fechamento iminente da base no São Gabriel foram tema de audiência pública da Comissão do Trabalho, da Previdência e da Assistência Social, realizada na terça-feira (20).

O objetivo da reunião era esclarecer o assunto com o diretor-presidente da Cemig, Cledorvino Belini, mas ele não atendeu ao convite e não justificou sua ausência, o que levou a comissão a aprovar requerimento de convocação do executivo para uma próxima audiência. A convocação, diferentemente do convite, supõe a presença obrigatória de uma autoridade.

Na reunião do dia 20, Beatriz Cerqueira, os deputados Celinho Sintrocel (PCdoB) e Betão (PT) e sindicalistas denunciaram o fechamento de bases operacionais da Cemig como uma estratégia para tornar o serviço precário e influenciar a opinião pública, a fim de facilitar o projeto de privatização da empresa, já anunciado pelo Governo do Estado. A lei determina que uma possível venda da Cemig para a economia privada deve ser precedida por consulta à população.

De acordo com o Sindicato dos Eletricitários de Minas Gerais (Sindieletro), desde fevereiro de 2019, foram fechadas 54 bases operacionais da Cemig. Ainda segundo a entidade, se a base do São Gabriel deixar de funcionar, 700 mil consumidores terão o atendimento prejudicado. Além disso, coloca em risco o emprego de 115 trabalhadores. Representantes do sindicato e da Central Única dos Trabalhadores (CUT) foram convidados a acompanhar a visita.

Consulte a pauta da visita.