Recuperação das nascentes pertencentes ao Rio Doce deve ser uma das prioridades da nova gestão eleita da Cipe
Deputados mineiros e capixabas vão cobrar transparência em ações da Fundação Renova

Presidente e vice da Cipe Rio Doce são eleitos

Os impactos relativos ao rompimento das barragens de rejeitos em Mariana e Brumadinho foram lembrados durante a reunião.

22/08/2019 - 18:14

O rompimento das barragens de rejeitos minerários em Mariana (Central) e Brumadinho (Região Metropolitana de Belo Horizonte) foi lembrado durante a eleição do presidente e vice-presidente da Comissão Interestadual Parlamentar de Estudos para o Desenvolvimento Sustentável da Bacia do Rio Doce (Cipe Rio Doce) nesta quinta-feira (22/8/17), na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).

A Cipe Rio Doce é formada por parlamentares dos Estados de Minas Gerais e Espírito Santo e tem a finalidade de promover atividades de estudos e mobilização social para ações de recuperação ambiental.

A cada dois anos a presidência é alternada entre os entes. Foram eleitos, agora, para presidente e vice da comissão, respectivamente, os deputados Celinho Sintrocel (PCdoB), da ALMG, e Renzo Vasconcelos (PP), da Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales).

Celinho Sintrocel agradeceu os votos recebidos e ressaltou que, além de dar continuidade ao trabalho já desenvolvido pelos parlamentares que o antecederam, pretende intensificar os esforços para buscar a recuperação das nascentes pertencentes ao Rio Doce.

Já Renzo Vasconcelos se comprometeu a cobrar providências para minimizar os impactos causados pelos rompimentos de barragens de rejeitos que afetaram do ponto de vista social, ambiental e econômico a bacia hidrográfica. Para ele, a Vale, mineradora responsável pelos desastres, não tem agido de forma transparente.

O parlamentar afirma que, desde novembro de 2015, quando a barragem de Fundão se rompeu no município de Mariana, substâncias tóxicas chegaram ao mar do Espírito Santo, inviabilizando o pescado, a captação de água e o modo de vida da população ribeirinha. “A tragédia ainda representa risco à saúde de cidadãos dos dois estados”, salienta.

Segundo Dary Pagung (PSB), também deputado da Ales, a Cipe Rio Doce deve exigir que a Vale preste contas dos investimentos que alega já ter feito na bacia para recuperá-la. Ele disse que a empresa anunciou ter destinado, até o momento, R$ 6 bilhões para essa finalidade.

Coordenadores – Foram eleitos também a deputada Celise Laviola, como coordenadora regional, e o deputado João Magalhães (ambos do MDB), para coordenador regional adjunto.

Consulte o resultado da reunião.