Exoneração do secretário de Estado, Custódio Mattos, causou polêmica entre deputados.

Exoneração de secretário de Estado pautou pronunciamentos

Em Plenário, além da destituição de Custódio Mattos, parlamentares trataram de temas relativos à educação e segurança.

20/08/2019 - 20:41

A exoneração de Custódio Mattos do cargo de secretário de Governo motivou pronunciamentos em Plenário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) nesta terça-feira (20/8/19). Ele, que é filiado ao PSDB, foi destituído do cargo pelo governador Romeu Zema (Novo), que já indicou para a pasta o deputado federal Bilac Pinto (DEM).

Custódio Mattos cuidava da articulação política do Executivo junto aos parlamentares mineiros. A exoneração dele, segundo o deputado João Leite (PSDB), se deu, inclusive, após reunião com deputados e outros agentes públicos, que buscavam minimizar desgastes na área de segurança pública.

“Essa atitude do governador é lamentável, o Novo está reproduzindo uma das práticas mais mesquinhas da velha política”, afirmou o parlamentar. Ele ainda solicitou aos deputados que pertencem à mesma legenda do governador que explicassem a decisão do Executivo.

O deputado Bartô (Novo) então, em aparte, declarou apoio à substituição de Custódio Mattos e disse que interveio para que o secretário perdesse o cargo: “trabalhei para derrubá-lo”. Já o deputado Guilherme da Cunha, também do Novo, afirmou que o ex-secretário realizou um excelente trabalho, ao promover o diálogo necessário entre a Assembleia e o Executivo. E acrescentou que não agiu para sua dispensa. O deputado Delegado Heli Grilo (PSL) também parabenizou Custódio Mattos por sua atuação na articulação política.

Educação e segurança também motivaram discursos de parlamentares

O fechamento de turmas na rede pública estadual, a parcial recomposição das vagas nas escolas de ensino integral, o assédio moral a professores e a insuficiente política de nomeações foram enumerados como os principais problemas enfrentados pelos servidores da educação em Minas. A deputada Beatriz Cerqueira (PT) defendeu que a aplicação, prevista constitucionalmente, dos 25% da receita líquida do Estado na área poderia modificar esse cenário.

Já o deputado Bruno Engler (PSL) parabenizou a ação do Batalhão de Operações Especiais (Bope) em sequestro de ônibus na Ponte Rio-Niterói, ocorrido nesta terça (20). O sequestrador foi baleado por atirador de elite da unidade após três horas de negociação. Para o parlamentar, “a polícia tem mesmo é que matar bandido”.

Família – O deputado Coronel Sandro (PSL) teceu crítica ao Projeto de Lei 3.369/15, do deputado federal Orlando Silva (PCdoB). Segundo o deputado, a proposição “vai destruir a família”. Ele afirmou que o projeto em questão regulamenta as situações de poliamor, reconhecendo as conformações de família que não impliquem apenas a relação entre um homem e uma mulher.

Coronel Sandro também diz que o PL permitirá relacionamentos de consanguinidade, que implicam a relação de pessoas com graus de parentesco, "inclusive relações incestuosas". O deputado Carlos Pimenta (PDT) se disse preocupado e manifestou apoio ao pronunciamento do seu colega.

Consulte os pronunciamentos realizados em Plenário.