Comissão recebe denúncias de violência étnico-racial
Audiência marcada para esta terça-feira (16) abre espaço para debater segurança na perspectiva das mulheres negras.
15/07/2019 - 15:30A Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) se reúne nesta terça-feira (16/7/19), a partir das 18 horas, para debater, de forma ampla, vários casos recentes de violações de direitos por parte da segurança pública em Minas Gerais. A audiência pública será realizada no Plenarinho II da Assembleia.
O tema do encontro, requerido pela deputada Andréia de Jesus (Psol), será "Justiça e segurança Cidadã na perspectiva das afrodescendentes ”. Segundo informações do gabinete da deputada, o foco são as mulheres, e a intenção é de se constituir mais um espaço de escuta e encaminhamento de denúncias de violência policial.
Durante a audiência, serão ouvidas mães que tiveram seus filhos assassinados nas ruas ou na prisão, e grupos que relatam estarem sendo perseguidos pelas forças de segurança, como mulheres lésbicas e praticantes de religiões de matriz africana. Também estarão presentes representantes de órgãos de defesa dos Direitos Humanos.
Dia Internacional da Mulher Negra - A audiência pública faz parte das ações do chamado Julho das Pretas, uma agenda conjunta e propositiva de organizações e movimentos de mulheres negras voltada para o fortalecimento e discussão de pautas consideradas importantes para a superação das desigualdades de gênero e raça.
As ações ocorrem neste mês por ocasião do dia 25 de julho, quando se comemora o Dia Internacional da Mulher Negra Afro Latina-Americana e Caribenha e o Dia Nacional de Tereza de Benguela, mulher que liderou o Quilombo Guariperê entre 1730 e 1795, e acolhia famílias negras e indígenas que resistiam ao regime colonial escravocrata da época.
Convidados - Entre os convidados que já confirmaram presença na reunião estão o coordenador da Comissão Pastoral da Terra de Minas Gerais, Gilvander Luis Moreira; a psicanalista e pesquisadora de questões étnico-raciais,Thalita Rodrigues; a professora do Cefet, Silvani dos Santos Valentim; e a representante do Grupo Mães de Luto e Luta, Juthai Nogueira.