Comissão debate importância do Banco do Nordeste do Brasil
Atividade, nesta terça (9), vai abordar o papel da instituição no desenvolvimento de estados em que está inserida.
05/07/2019 - 18:50A Comissão de Desenvolvimento de Econômico da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) vai realizar nesta terça-feira (9/7/19) uma audiência pública para debater estratégias com o objetivo de mobilizar a sociedade mineira para reafirmar a função do Banco do Nordeste do Brasil (BNB) como agente de desenvolvimento regional e motor da economia dos vários estados nos quais está inserido, por meio do financiamento às atividades produtivas.
O evento, às 13h30, no Teatro da Assembleia, foi solicitado pela deputada Leninha e pelo deputado Virgílio Guimarães, ambos do PT.
A demanda pela audiência é da Associação dos Funcionários do Banco do Nordeste do Brasil (AFBNB). Em ofício da instituição anexado ao requerimento da reunião, assinado pela sua diretora-presidente, Rita Josina Feitosa da Silva, foi destacado que o BNB, com quase 67 anos de expertise, é o principal braço do estado como fomentador da economia na região em que atua.
“A AFBNB compreende que é de suma importância trabalharmos juntos em prol do Banco do Nordeste, valorizando seus trabalhadores e seu importante trabalho com o microcrédito e a aplicação dos recursos provenientes do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) que, em 2018, por exemplo, destinou mais de R$ 40 bilhões à região”, salientou Rita Josina.
Em Minas Gerais, o Banco do Nordeste atua em 196 municípios localizados na região Norte e nos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, conforme foi destacado em audiência pública da Comissão Extraordinária das Energias Renováveis e dos Recursos Hídricos, em abril deste ano, sobre os investimentos da instituição em energias renováveis.
Medidas poderiam comprometer instituição
Segundo a assessoria da deputada Leninha, propostas que estão no Congresso Nacional podem comprometer o funcionamento do BNB. Uma delas pode culminar na apresentação de projeto que permite que uma parcela de, no máximo 20%, dos recursos do FNE e também do Fundo de Financiamento no Norte (FNO) – fundos constitucionais - seja emprestada aos estados para financiarem investimentos em infraestrutura.
A outra proposta é de unificação desses fundos, criados para fortalecer regiões menos desenvolvidas, e a possibilidade de serem operados por qualquer banco oficial e por cooperativas de crédito.
De acordo com Leninha, a possível unificação dos recursos dos fundos constitucionais representa, na prática, a extinção dessas ferramentas e fragiliza tando o Banco do Nordeste quanto o Banco da Amazônia.
“São instituições que, ao longo dos anos, se especializaram em financiar setores produtivos das economias locais com um olhar particular, criaram uma expertise de investimento e políticas diferenciadas para as regiões mais pobre do País. Não podemos tratar igualmente os desiguais. É isso que pretendem jogar fora, em mais um passo rumo à desconstrução do patrimônio brasileiro", afirmou a parlamentar.
Convidados - Foram convidados para a reunião representantes do BNB, da AFBNB, da Emater-MG e do Sindicato dos Bancários de Montes Claros e Região.
BNB - Segundo informações da própria instituição, o BNB é o maior banco de desenvolvimento regional da América Latina e diferencia-se das demais instituições financeiras pela missão que tem a cumprir: atuar como banco de desenvolvimento da região Nordeste, promovendo o bem-estar das famílias e a competitividade das empresas da região.
Transmissão ao vivo - A reunião será transmitida ao vivo pelo Portal da Assembleia. Para acompanhá-la, basta procurar pelo evento desejado na agenda do dia.
Além disso, quem não puder comparecer à reunião poderá fazer parte do debate por meio da ferramenta Reuniões Interativas do Portal, que estará disponível no momento da audiência. Questionamentos e dúvidas poderão ser encaminhados e, ao final, serão respondidos pelos convidados.