Vista de Uberlândia, onde uma iniciativa da Polícia Militar está sendo questionada - Arquivo/ALMG

Nova estrutura da PMMG em Uberlândia gera polêmica

Centro de apoio para guarda de presos invadiria competência da Polícia Civil e traria riscos para os policiais.

19/06/2019 - 13:54

Uma novidade criada na 9ª Região da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), sediada em Uberlândia (Triângulo Mineiro), está gerando polêmica e será discutida em audiência da Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), na próxima terça-feira (26/6/19), a partir de 10 horas, no Plenarinho II. É a criação de um Centro de Apoio Operacional (Caop) da corporação nas dependências da Polícia Civil, naquele município.

O requerimento para discutir a questão é de autoria do presidente da comissão, deputado Sargento Rodrigues (PTB). Para o parlamentar, a decisão do Comando da PMMG não satisfaz condições mínimas de segurança e higiene, invade competência da Polícia Civil e talvez até mesmo da Secretaria de Estado de Segurança Pública.

O Caop da PMMG, segundo Sargento Rodrigues, foi criado para contornar o problema da longa permanência das guarnições e das viaturas militares na delegacia local, à espera de que o delegado libere aqueles detidos sob custódia, por meio de termos circunstanciados de ocorrência, ou ratifique o flagrante.

“Esse Caop é uma sala, com dois policiais militares, que ficam responsáveis pela guarda dos presos”, afirmou o deputado. Ele acredita que a intenção do comando é liberar as viaturas e os policiais militares responsáveis pelo encaminhamento dos presos, mas não concorda que essa seja uma solução adequada.

Na avaliação do parlamentar, essa sala não oferece condições adequadas de segurança e higiene para os policiais encarregados da guarda. Além disso, ele argumenta que a custódia dos presos, nessa situação, não seria responsabilidade da Polícia Militar. “Não se pode tentar resolver o problema de estrutura e de efetivo da Polícia Militar e da Polícia Civil por meio de arremedos como esse”, criticou Sargento Rodrigues.

Entre os convidados que já confirmaram presença na audiência pública, está o delegado titular do 9º Departamento de Polícia Civil, Marcos Tadeu de Brito Brandão.

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Além disso, quem não puder comparecer à reunião poderá fazer parte do debate por meio da ferramenta Reuniões Interativas do Portal, que estará disponível no momento da audiência. Questionamentos e dúvidas poderão ser encaminhados e, ao final, serão respondidos pelos convidados.

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