Poluição do Rio Araçuaí é tema de debate em comissão
Assuntos Municipais reúne autoridades e entidades para discutir revitalização de afluente do Rio Jequitinhonha.
31/05/2019 - 17:31Com o objetivo de debater a grave situação do Rio Araçuaí, no Vale do Jequitinhonha, e a adoção de medidas para sua revitalização, a Comissão de Assuntos Municipais e Regionalização promove audiência na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). Solicitada pelo deputado Dalmo Ribeiro Silva (PSDB), a reunião será no Auditório José Alencar, nesta quarta-feira (5/6/19), às 14h30.
De acordo com informações do gabinete de Dalmo Ribeiro Silva, o curso d’água vem sofrendo há anos com assoreamento e poluição, apesar de sua grande importância: o rio representa 24,76% do território da bacia do Rio Jequitinhonha (numa área de 16 mil km²) e é o principal afluente de sua margem direita. Além disso, abastece 23 municípios.
Na audiência pública, pretende-se discutir, com representantes dos órgãos ambientais do Estado, autoridades locais e entidades, estratégias para melhorar o quadro atual, dirimindo questões como assoreamento, desmatamento da mata ciliar e despejo de esgoto no Rio Araçuaí.
“O Rio Araçuaí tem enorme importância econômica, social, cultural e ambiental. Ele influencia diretamente a vida de quase 300 mil pessoas, que estão assustadas com sua degradação”, afirma o deputado Dalmo Ribeiro Silva.
Esgotos - Reportagens de um portal de notícias da região, o “Aconteceu no Vale”, vêm destacando o problema ambiental em rios no Jequitinhonha. Numa delas, destaca-se a agonia do Rio Fanado, afluente do Araçuaí, que enfrenta poluição e redução do volume de água. Para reverter a situação, cidadãos dos municípios banhados pelo Fanado criaram um movimento que envolve ações para preservação e recuperação do rio, especialmente a preservação de nascentes. Estão envolvidos Copasa, Emater, prefeituras, câmaras municipais, escolas, sindicatos e associações.
Outra matéria aborda a ocupação irregular das margens do Rio Araçuaí, em Itinga (Jequitinhonha). Na periferia do município, há construções precárias, que escoam seus esgotos para o curso d’água. No lugar, há também próximo ao rio um buraco enorme que funciona como lixão, onde se despejam eletrodomésticos, carcaças de animais e outros resíduos. Roupas e louças são lavadas no rio, um pouco antes de onde é despejado o esgoto.
Para a reunião de quarta-feira, foram convidados representantes de órgãos como Instituto Mineiro de Gestão de Águas (Igam), Copasa, Emater, Instituto Estadual de Florestas (IEF) e Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Araçuaí.