Oradores - Reunião Ordinária de Plenário - 28/05/2019
Situação dos moradores de Barão de Cocais, críticas à Cemig e possível decreto sobre festas juninas motivam discursos.
28/05/2019 - 18:36Barão de Cocais I
A situação de apreensão em Barão de Cocais (Central), onde uma estrutura da Vale pode se romper a qualquer momento, foi lembrada pelo deputado Cristiano da Silveira (PT). Ele afirmou que Minas Gerais é um Estado sacrificado pelo atual modelo de mineração e fez novo apelo ao governador Romeu Zema (Novo) para que desarquive projeto de lei sobre os atingidos por barragens, de autoria do governo anterior. “Aprovamos uma lei rigorosa sobre as barragens, com o fim do modelo a montante. Mas temos que dar essa outra resposta”, reforçou. O parlamentar também citou os “tratorzinhos”, frutos de emendas parlamentares, que o Executivo deixou de entregar. “Isso prejudica o produtor, que coloca alimento na mesa”, reforçou. Em apartes, Leninha (PT) criticou a ausência da Vale, da Defensoria Pública e do Ministério Público em Barão de Cocais, e Ulysses Gomes (PT) afirmou que o governo está esperando o tempo passar para não parecer que foi o ex-governador Fernando Pimentel quem comprou os tratores.
Cemig
Críticas à Cemig marcaram o discurso de Carlos Pimenta (PDT). Ele afirmou que o momento não é mais das hidrelétricas, mas, sim, das energias fotovoltaicas e eólicas, que têm levado a uma grande movimentação de investidores em Janaúba (Norte). Por outro lado, segundo ele, a Cemig é burocrática, cara e não atende às demandas dos mineiros. “Nesse período de seca, ela coloca os monstrengos das termelétricas para funcionar”, exemplificou. Segundo o deputado, é preciso abrir as contas da estatal e torná-la mais transparente. Em aparte, João Vítor Xavier (sem partido) afirmou que há filas de empresários querendo investir no Norte, mas o sistema obsoleto da Cemig não consegue receber essa energia. Ele também criticou o aumento de 6,93% nas contas de luz. Carlos Pimenta também criticou a proposta do governo de concessão de rodovias, citando as “altas taxas de pedágio” cobradas na BR-135. Em apartes, Cleitinho Azevedo (PPS) e Delegado Heli Grilo (PSL) também fizeram críticas à gestão das rodovias.
Festa Junina
O deputado Cleitinho Azevedo (PPS) recebeu e divulgou áudio no qual seu interlocutor afirma que um decreto do governador Romeu Zema (Novo) estaria “cancelando” as festas juninas nas escolas estaduais. A informação não foi confirmada pelo deputado. “Eu não estou acreditando nisso. Quero saber se o decreto existe mesmo e o custo dessas festas para o governo”, ironizou. O parlamentar lembrou que as festas juninas são uma tradição das escolas, sobretudo no interior, e também servem para arrecadar fundos. Em aparte, Delegado Heli Grilo (PSL) reforçou que o custo para o Estado é zero, e que as escolas é que ajudam o governo arrumando recursos para solucionar problemas. Cleitinho Azevedo também afirmou ser preciso rever atuação da Copanor no Jequitinhonha, sendo aparteado por Doutor Jean Freire (PT), para quem a empresa não está cuidando da população. Por fim, Cleitinho Azevedo minimizou críticas de que quer aparecer quando posta vídeos. “Eu amo aparecer e vou continuar fiscalizando”, avisou.
Barão de Cocais II
O deputado Doutor Jean Freire (PT) convocou os colegas a visitarem Barão de Cocais (Central), onde há risco iminente de rompimento de barragem da Vale. “Quando vamos até o local do problema, temos condições melhores de tratar disso”, justificou. Para ele, é estranho que a Vale tenha decidido revelar a possibilidade de ruptura do talude e que um morador disse ter sido abordado pela empresa para vender seu terreno na área de inundação. “Quero crer que a Vale não esteja brincando com os sentimentos das pessoas”, frisou. O deputado disse que visitou vários pontos da cidade, como uma escola que tinha 500 alunos e segue fechada. Segundo ele, o sistema de saúde também está sobrecarregado em 60% com casos de insônia, depressão e infarto. Ele cobrou a presença do governador Romeu Zema (Novo) no local. Em aparte, João Vítor Xavier (sem partido) disse ter aprovado requerimento há dois meses com o mesmo pedido. “Em Brumadinho, o governador disse que só restava contar os mortos. Em Barão, ele ainda pode ajudar os vivos”, criticou.