Humildade

O deputado Noraldino Júnior (PSC) comentou matéria do jornal O Tempo, publicada nesta quarta-feira (8/5/19), segundo a qual nos três primeiros meses do ano a maior parte dos deslocamentos do governador Romeu Zema foram por via aérea. Segundo ele, durante a campanha eleitoral, Zema fez promessas “impossíveis de cumprir”, por desconhecimento do funcionamento da máquina pública. “Não quero que o governador desperdice tempo na estrada que pode ser usado governando o Estado. E tenho certeza que ele se arrependeu também de ter saído da residência oficial, no Mangabeiras. Pedimos humildade, para que ele pare de ser motivo de matérias e reconheça os seus erros”. Em aparte, o deputado Cristiano Silveira (PT) pediu a entrega de veículos da Emater que haviam sido adquiridos na administração passada. “Quem precisa do equipamento é o pequeno produtor, isso não prejudica a mim. Que ele não comece com picuinha política que não vai terminar bem”, disse.

Disputa ideológica

O deputado Bruno Engler (PSL) pronunciou-se a favor do escritor Olavo de Carvalho, na disputa, que repercutiu na imprensa, entre ele e os generais Carlos Alberto Santos Cruz, ministro da Secretaria de Governo, e Eduardo Villas Bôas, ex-comandante do Exército. O escritor e os generais trocaram farpas em redes sociais, com o general Villas Bôas classificando Carvalho de “Trótski de direita”, em referência a um dos líderes da Revolução Russa. Em declaração sobre o assunto, o presidente Jair Bolsonaro minimizou o conflito, dizendo que não existe “grupo de militares nem de olavos. Tudo é um time só”. O deputado Bruno Engler disse que o presidente teve “o posicionamento mais republicano possível, buscando somar forças em prol do Brasil”. “Senadores esperam atitudes ditatoriais dele, que ele proíba Olavo de se pronunciar. Mas não existe alguém mais respeitador das atitudes democráticas que o nosso presidente”, completou. Em aparte, o deputado Coronel Sandro (PSL) apoiou o colega.

Privatizações

O deputado Carlos Pimenta (PDT) criticou anúncio de que novos trechos de estradas mineiras serão privatizados. Segundo ele, quando a BR-135 passou pelo mesmo processo, a ALMG fez debates para discutir o problema, mas o resultado acabou sendo postos de pedágio cobrando as maiores tarifas do Estado e, mesmo assim, funcionando precariamente. “A justificativa é que o Estado e a União não têm como conservar as estradas. Mas temos de tomar cuidado para não virar um conchavo de compadres. Esse governador não tem a cara de pau que o (ex-governador Fernando) Pimentel tinha. Mas vamos torcer para que não faça privatizações prejudiciais da mesma forma”, ressaltou. Em apartes, os deputados Doutor Paulo (Patri), Dalmo Ribeiro Silva (PSDB) e Cleitinho Azevedo (PPS) manifestaram preocupação com a Rodovia MG-290, uma vez que a construção do acostamento da estrada já foi autorizada, mas ainda não se iniciou.

Educação

A deputada Beatriz Cerqueira (PT) apresentou dados da educação do País para sustentar sua crítica aos cortes propostos pela administração federal nas universidades públicas. “Ocupamos uma das últimas posições no mundo em investimento por aluno no ensino superior. Estamos atrás de países como o Chile e a Colômbia. E 90% da pesquisa produzida no País é desenvolvida em universidades públicas, com os hospitais universitários sendo responsáveis por 16 milhões de exames e 339 mil internações. Esse corte de 47% no fundo de manutenção atinge estruturalmente nossos institutos de ensino superior e as consequências disso serão um prejuízo incalculável”, declarou. Ela citou também reunião da Comissão de Educação, Ciência e Tecnologia da ALMG na qual foi lançada a Frente Parlamentar em Defesa da Ciência, Pesquisa e Tecnologia. Em aparte, o deputado Hely Tarquínio (PV) parabenizou a colega pelos esforços em prol da educação.

Flanelinhas

O deputado Sargento Rodrigues (PTB) pediu aos colegas a derrubada do Veto Total 1/19, apreciado na Reunião Ordinária de Plenário desta quarta-feira (8/5/19). Segundo ele, a Proposição de Lei 24.085, originária do PL 3.730/16, de sua autoria, foi vetada pelo então governador Fernando Pimentel por perseguição política. O projeto determina o registro de dados pessoas de guardadores e lavadores de veículos, conhecidos popularmente como flanelinhas. “Todo mundo sabe que flanelinhas são um grande problema de segurança pública. Ameaçam motoristas de carro, quando estes chegam para eventos e nas portas de faculdade. Essa matéria é uma oportunidade de dar um basta nesse crime, mas o ex-governador não teve a atitude republicana de separar a matéria da perseguição a este parlamentar”, afirmou. Em aparte, o deputado Osvaldo Lopes (PSD) disse que há matéria semelhante sendo apreciada na Câmara Municipal, já votada em primeiro turno. Também em aparte o deputado João Leite (PSDB) apoiou o colega: “A administração anterior não teve a percepção da importância do seu projeto”.

Consulte os pronunciamentos realizados em Plenário.