Servidores da MGS pedem para reabrir UAI Barro Preto
A unidade foi fechada pelo governo estadual na última sexta-feira e deixa 2 mil pessoas sem atendimento diário.
10/04/2019 - 17:33Funcionários da MGS, que prestam serviço na Unidade de Atendimento Integrado (UAI) Barro Preto, estiveram hoje na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) para pedir o apoio dos deputados à reabertura do posto, fechado pelo governador Romeu Zema, na última sexta-feira (5).
Eles participaram, nesta quarta-feira (10/4/19), de reunião da Comissão do Trabalho, da Previdência e da Assistência Social, que já agendou audiência pública para debater o problema no próximo dia 24.
O funcionário da unidade, Salin Moreira Kalil, afirmou que eles foram surpreendidos com a notícia do fechamento. A princípio, havia a informação de que seriam realocados para outro órgão atendido pela MGS, mas receberam a carta de demissão no próprio dia 5.
Segundo ele, a UAI-Barro Preto atende cerca de 2 mil pessoas por dia; emite cerca de 6 mil carteiras de identidade por mês, além de prestar outros serviços essenciais à população, como registro de CPF, solicitação de seguro-desemprego e marcação de prova de legislação para o Detran. “Até o comércio local está sendo afetado com o fechamento da unidade”, lamentou.
O diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Telefonia (Sinttel), Landstone Timóteo Filho, também criticou o encerramento dos serviços, que pode afetar os cidadãos . Em sua opinião, privatizar o trabalho hoje desenvolvido pela UAI pode representar serviços mais caros. “A iniciativa privada tem objetivo só rentável”.
Luan Henrique Pereira, funcionário da UAI Praça 7, reclamou da forma como estão sendo realizadas as demissões que, segundo ele, não seguem nenhum critério. Contou o caso de dois funcionários excluídos durante licenças legais de saúde e de prestação de serviço como mesário.
A reunião foi acompanhada por outros funcionários que lotaram a galeria do Plenarinho I. Eles receberam apoio dos três parlamentares presentes: o presidente da comissão, deputado Celinho Sintrocel (PCdoB); Betão (PT) e Elismar Prado (Pros).
“Não faz sentido termos como proposta de governo acabar com um serviço público tão importante”, disse Celinho Sintrocel. Ele lembrou que o governador tentou fazer o mesmo com a UAI de Coronel Fabriciano (Vale do Aço), mas voltou atrás após mobilização de várias entidades da cidade. “Isso (o fechamento) só contribui para o enfraquecimento do serviço público” – criticou.