Atendimento prioritário a autistas é tema de projeto que teve sua análise adiada

Projeto de lei defende direito de paciente acessar exames

Proposta, que recebeu parecer pela legalidade, visa garantir que exames feitos durante internações sejam entregues.

09/04/2019 - 13:50

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) emitiu, nesta terça-feira (9/4/19), parecer pela constitucionalidade do Projeto de Lei (PL) 18/2019, que trata de direitos dos pacientes da rede pública de saúde de receberem originais ou cópias de exames complementares de diagnóstico a que tiverem sido submetidos.

Para que isso seja possível, a proposição acrescenta inciso ao artigo 2° da Lei 16.279, de 2006, que dispõe sobre os direitos dos usuários das ações e dos serviços públicos de saúde no Estado.

A proposição é do deputado João Leite (PSDB), que afirmou, na justificativa do projeto, que muitos pacientes atendidos na rede pública de saúde em todo o Estado não recebem os exames complementares de diagnóstico realizados durante sua internação, mesmo quando solicitados.

Isso os obrigaria a se submeterem novamente à realização de exames quando retornam à unidade básica de saúde para dar continuidade ao seu tratamento ou quando necessitam de atendimento em outra unidade hospitalar.

O parecer, do deputado Charles Santos (PRB), apresentou a emenda nº 1 à proposta, que acrescenta dispositivo que possibilita a entrega dos exames também em formato digital. O projeto tramita em 1º turno e ainda será analisado pelas Comissões de Saúde e de Fiscalização Financeira e Orçamentária (FFO) antes de ser apreciado em Plenário.

Pedido de vista adia votação de PL que favorece autista

O parecer para o PL 4.609/17, que obriga os estabelecimentos públicos e privados no Estado a concederem atendimento prioritário às pessoas com transtorno de espectro autista, bem como a colocar nas placas de atendimento prioritário o símbolo mundial do autismo, não chegou a ser apreciado na reunião desta manhã. A pedido do deputado Guilherme da Cunha (Novo), que pediu vista da matéria, sua votação foi adiada.

De autoria do deputado Cristiano Silveira (PT), a proposição tramita em regime de deliberação em dois turnos no Plenário e tem como relatora na CCJ a deputada Celise Laviola (MDB).

O pedido de vista é feito para possibilitar ao deputado que o solicitou a melhor análise do parecer antes de votá-lo. O deputado Guilherme Cunha alegou que precisa compreender melhor a legalidade de enviar decisão sobre sanções aos estabelecimentos que não cumprirem a norma para deliberação posterior do Poder Executivo, conforme proposto pelo projeto.

De acordo com a matéria, os estabelecimentos públicos e privados no Estado de Minas Gerais ficam obrigados a inserir o portador de transtorno autista no rol elencado como atendimento prioritário.

Estabelecimentos - Incluem-se entre os estabelecimentos citados na proposição os supermercados, os bancos, as farmácias, os bares, restaurantes e lojas em geral. A proposição também estabelece o prazo de seis meses para adequação às exigências da lei a contar da data da sua publicação. O parecer da deputada Celise Laviola, que ainda não foi votado, é pela juridicidade da proposta.

Consulte o resultado da reunião.