Oradores - Reunião Ordinária de Plenário de 02/4/19
Parlamentares criticaram pedágio em estrada no Norte de Minas e o não repasse de recursos do governo a hospitais.
02/04/2019 - 18:59Pedágio no Norte de Minas
O deputado Arlen Santiago (PTB) criticou o pedágio instalado na BR-135 e na LMG-754, nos trechos administrados pela concessionária Eco135. Segundo ele, apesar de não ter sido contra a privatização, a “incompetência do governo anterior” permitiu que essa empresa assumisse, o que está “tirando o sono das pessoas”, já que R$ 7,20 para veículos de passeio seria uma taxa absurda. “Esse processo de privatização não passou pela ALMG e agora nós da bancada do Norte aqui na casa estamos entrando na justiça contra esse valor absurdo. Nada foi feito na estrada que justifique”, explicou. Em aparte, o deputado Bruno Engler (PSL) também reclamou do pedágio e da empresa. Arlen Santiago pediu ainda que o governador tenha “sensibilidade” e priorize pagamento dos R$ 300 milhões de repasse do Ipsemg aos hospitais regionais. Em aparte, o deputado Douglas Melo (MDB) relatou situação de hospital em Sete Lagoas, a ponto de fechar também por falta de repasses.
Linchamento em manifestação
O deputado Coronel Sandro (PSL) relatou em Plenário “tentativa de linchamento” que teria sofrido durante manifestação à qual compareceu no último dia 31 de março. Segundo ele, ao comparecer a manifestação contra a Ditadura Militar, ele, sua esposa e sua assessoria teriam sido atacados por um grupo de “30 ou 50 pessoas”, que tentaram linchá-los. “Eles são bandidos, criminosos. Essa é a esquerda, que quer eliminar quem pensa diferente dela. E a imprensa mineira não dedicou uma linha ao episódio, o que achei estranhíssimo. Mas com a divulgação do vídeo de minha agressão recebi apoio de pessoas do país todo. Essa Casa precisa se manifestar contra a tentativa de linchamento que um dos seus sofreu”, afirmou. Ele se disse perseguido pela imprensa, por não apoiar gastos com publicidade em jornais. Em apartes, os deputados Bruno Engler (PSL), Noraldino Júnior (PSC), Duarte Bechir (PSD) e Arlen Santiago (PTB) manifestaram solidariedade ao colega.
Saúde no estado
A situação da saúde no estado também foi motivo de pronunciamento do deputado Carlos Pimenta (PDT). Ele leu ofício que recebeu do Hospital Santa Rosália, em Teófilo Otoni (Jequitinhonha/Mucuri), que deverá fechar no próximo dia 25 devido a dívida de R$ 90 milhões a seus fornecedores. “A região ficará sem CTI, Pronto Atendimento e Maternidade. Não conheço nenhum município mineiro que atualmente esteja investindo menos do que 25% do orçamento na saúde. E vários hospitais do estado estão recorrendo a empréstimos para manter as portas abertas”, protestou. Ele pediu, ainda, que o secretário de saúde ouça os deputados da ALMG. “O máximo apoio que pudermos dar, daremos. Mas ele tem de ter o bom senso de nos ouvir, queremos ouvir as propostas dele e propor também”, completou. Em apartes, os deputados Dalmo Ribeiro Silva (PSDB) e Arlen Santiago (PTB) relataram problemas no Hospital Renascentista (Pouso Alegre) e na Fhemig, respectivamente.
Contradições
O deputado Ulysses Gomes (PT) apontou, em sua fala, o que ele identifica como contradições dos primeiros três meses de gestão do governador Romeu Zema, em relação ao que foi prometido durante a campanha eleitoral. O deputado leu matéria publicada pela imprensa sobre o desempenho do governador, destacando o parcelamento dos salários dos servidores e as retenções de repasses às prefeituras. Ele criticou a intenção do governo de aderir ao Regime de Recuperação Fiscal, proposto pela União, que obriga o Estado a vender empresas como Cemig e Copasa. “Não podemos aceitar que o patrimônio dos mineiros seja vendido”, afirmou. Em vez disso, sugeriu que o governador investigue e cobre os prejuízos gerados por fraude na exploração do nióbio, no município de Araxá (Alto Paranaíba). Em aparte, o deputado Cristiano Silveira (PT) criticou o iminente fechamento da Unidade de Atendimento Integrado (UAI) do Barro Preto, em Belo Horizonte.