Os 50 anos da instalação da primeira comunidade terapêutica no Brasil e a importância desse tipo de instituição serão tema de audiência pública na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), nesta quarta-feira (3/4/19), às 10 horas, no Auditório SE. A reunião será realizada pela Comissão de Prevenção e Combate ao Uso de Crack e Outras Drogas, atendendo requerimento de sua presidenta, deputada Delegada Sheila (PSL).

Comunidades terapêuticas são instituições privadas que prestam serviços de acolhimento temporário a pessoas com transtornos decorrentes do uso ou dependência de substâncias psicoativas. Elas não trabalham com internação compulsória, apenas voluntária. Muitas têm vínculos religiosos e as unidades contam com equipe multidisciplinar de áreas da medicina, psicologia e assistência social.

Para a deputada Delegada Sheila, o papel dessas instituições se mostra fundamental em nosso País, o que justifica a comemoração de seus 50 anos de história.

“O trabalho desenvolvido por elas contribui muito para a segurança pública. Quando fui vereadora em Juiz de Fora (Zona da Mata), realizei um extenso estudo e foi verificado que 90% dos homicídios na região estavam ligados à questão das drogas. Celebrar as comunidades terapêuticas é celebrar a redução da violência e dos problemas de saúde relacionados ao uso de entorpecentes”, afirmou.

Atualmente, existem quase duas mil comunidades terapêuticas no Brasil, sendo que apenas algumas delas são contratadas pelo poder público. De acordo com levantamento realizado em 2017 pelo Núcleo Multiprojetos de Tecnologia Educacional (Nute) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), a primeira comunidade terapêutica do Brasil foi o Movimentos Jovens Livres (MJL Bairro Feliz), em Goiânia (GO), em 1968.

Entre os convidados para a audiência pública está o presidente da Associação de Comunidades Terapêuticas de Minas Gerais, Diego Alves Aguiar.

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