Agradecimentos
“Quero agradecer os mais de 57 mil eleitores que confiaram em mim”, declarou a deputada Celise Laviola (MDB). Ela disse que vai se empenhar no cumprimento de todos os compromissos assumidos durante a campanha. “Quero estar do lado de vocês como estiveram meu pai e meu cunhado”, em referência aos ex-deputados da Assembleia Legislativa, já falecidos: José Laviola e José Henrique, respectivamente. Ela enumerou familiares, lideranças políticas e colegas de trabalho a quem dedicou a conquista de mais um mandato. “Agradeço a todos que foram a razão dessa minha caminhada”, enfatizou. Também lamentou o desastre ocorrido no município de Brumadinho (RMBH), com o rompimento de barragem de rejeitos da mineradora Vale. Em aparte, o deputado Duarte Bechir (PSD) felicitou a deputada e falou sobre a memória dos ex-deputados. “Seu pai fez história no Parlamento mineiro e José Henrique o sucedeu com louvor. Agora, você faz um excelente trabalho de representatividade, merece nosso reconhecimento”.

Barragens I
A instalação imediata de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar o rompimento da barragem de rejeitos, em Brumadinho, foi reivindicada pelo deputado Professor Cleiton (DC). Ele afirmou que o episódio configura crime contra o meio ambiente e a humanidade. “O momento é marcado por tragédias”, salienta o parlamentar, que lembrou também o incêndio no qual morreram jovens atletas do Clube de Futebol Flamengo, no Rio de Janeiro. Professor Cleiton ainda alertou para o risco iminente de barragem em Caldas (Sul de Minas) se romper. Segundo ele, os rejeitos formam uma espécie de “lama extremamente tóxica”. “O Ministério Público afirmou que a ruptura da barragem de Caldas pode transformar aquela região em uma Chernobyl brasileira”. O deputado se comprometeu a realizar audiência sobre o tema. Em apartes, Carlos Pimenta (PDT) e João Vítor Xavier (PSDB) recordaram a tragédia de Mariana. João Vítor Xavier ainda fez alerta sobre barragens localizadas em Rio Acima e Nova Lima (RMBH), que são responsáveis por 60% do abastecimento da Capital.

Barragens II
A deputada Rosângela Reis (Pode) saudou os deputados eleitos para compor a Mesa da Assembleia, agradeceu os eleitores dela e se comprometeu com a defesa das políticas públicas. Ela ressaltou que o Parlamento mineiro vai enfrentar grandes desafios como a tragédia de Brumadinho. Contou que foi até o centro de operações da cidade, onde estão sediadas as forças policiais e o corpo de bombeiros, que atuam na área devastada a procura dos desaparecidos. Parabenizou os profissionais pela dedicação diária e incansável. Rosângela Reis reconhece que o Estado depende dos recursos da mineração, mas que o rompimento do Córrego do Feijão não poderá sair impune e cobrou a devida compensação para os municípios e as famílias atingidas. Ela ainda recordou os impactos ambientais e sociais causados pelo rompimento de barragem ocorrido em Mariana (Central) em 2015: “O Rio Doce não se recuperou, moradores da região que dependem dessa água estão sofrendo”.

Lutas
O deputado Virgílio Guimarães (PT), primeiramente, falou sobre sua satisfação de estar novamente em Plenário. O parlamentar buscou, em seguida, traçar um panorama histórico da formação do povo mineiro e do próprio território. Em especial, recordou o heroísmo e a luta dos inconfidentes em prol da liberdade do Brasil, a resistência dos indígenas desde os tempos do colonialismo. Fez ainda a defesa da luta pela diversidade religiosa e pelo combate ao racismo. Em aparte, a deputada Leninha (PT) agradeceu ao parlamentar pela “aula” sobre a formação do povo mineiro. Ela falou também sobre a Chacina dos Xacriabás, ocorrida em 1988. De acordo com ela, a maior nação indígena está em luta para lembrar esses assassinatos. Segundo Leninha, enquanto isso, órgãos responsáveis por levar políticas públicas até essa população, como a Funai, estão sendo desmontados. Por último, a parlamentar alertou sobre o risco de rompimento de barragem no município de Riacho dos Machados (Norte de Minas).

Declarações
A declaração do ministro da Educação Ricardo Vélez Rodríguez, de que a universidade se destina apenas à elite, foi criticada pelo deputado Doutor Jean Freire (PT). O parlamentar disse que o episódio o fez lembrar da sua própria trajetória. Conforme o relato, quando decidiu ingressar no curso de medicina foi desencorajado reiteradamente. Para essas pessoas, “filho de pobre não poderia se tornar doutor”. “Só estou aqui hoje porque acreditei”, afirma o deputado. Jean Freire também questionou a declaração do presidente nacional do PSL, Luciano Bivar, de que “a política não é muito da mulher”. Ele citou o nome das dez deputadas da ALMG, a fim de prestar uma homenagem e enfatizou que o lugar da mulher é onde ela quiser, inclusive na política. Em apartes, os deputados Cristiano Silveira e Betão (ambos do PT) reforçaram a posição do colega de partido. Já, para o deputado Bruno Engler (PSL), a fala do presidente da sigla havia sido distorcida pela imprensa.

Consulte os pronunciamentos realizados em Plenário.