CPI da mineração é defendida no Plenário da Assembleia
Deputados da base e da oposição querem apuração, mas divergem quanto ao risco do uso político do assunto.
07/02/2019 - 19:25A instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar o rompimento de uma barragem de rejeitos de minério da Vale em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), voltou a ser o centro das discussões de deputados mineiros no Plenário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).
Na Reunião Ordinária desta quinta-feira (7/2/19), parlamentares da base de governo e da oposição exaltaram a importância das apurações, mas alguns advertiram para o risco de se utilizar o assunto com interesses políticos.
O assunto veio à tona depois que os deputados do PSL, Bruno Engler e Coronel Sandro, reclamaram que posts nas redes sociais os acusavam de não terem assinado requerimento para a instalação da CPI na ALMG.
O militar afirmou que assinou os requerimentos propostos por Sargento Rodrigues (PTB) e Doutor Wilson Batista (PSD) e só não participou do pedido de Beatriz Cerqueira (PT) porque esta não teria pedido. Ele defendeu que a comissão seja suprapartidária e não concorda com o temor de que a proposta esteja sendo usada de forma política.
CPI no Congresso - Bruno Engler acusou o PT de não ter assinado o pedido de CPI similar no Congresso Nacional, mas foi contestado por Beatriz Cerqueira e Doutor Jean Freire (PT). Segundo ela, das 130 assinaturas colhidas para a comissão mista (com deputados federais e senadores), 53 são de deputados do seu partido.
Ela propôs que a discussão sobre a tragédia seja tratada com a seriedade necessária. “Não vamos fazer palanque em cima dos corpos, da dor das pessoas”, afirmou. Cleitinho Azevedo (PPS) também criticou o uso do assunto como palanque político. “A gente precisa se unir para que não aconteçam mais tragédias como essa”, defendeu.