Comissão avaliza indicação para o Conselho de Educação
Recondução da conselheira Lina Kátia de Oliveira já pode ser votada, em turno único, no Plenário.
13/11/2018 - 19:31A comissão especial criada para analisar seis indicações do governador Fernando Pimentel para o Conselho Estadual de Educação aprovou, nesta terça-feira (13/11/18), parecer favorável à recondução de Lina Kátia Mesquita de Oliveira ao órgão. Como os outros indicados não compareceram à arguição pública, será agendada uma nova reunião para que eles sejam avaliados.
O conselho tem a missão de promover a regulação da educação em Minas Gerais, contribuindo para sua atualização e aprimoramento. A indicação de Lina Kátia segue agora para votação, em turno único, no Plenário.
A sabatina da indicada foi conduzida pela presidente e relatora da comissão, deputada Celise Laviola (MDB), pela deputada Rosângela Reis (Pode) e pelo deputado Cláudio do Mundo Novo (Pros).
Graduada em Matemática, Física e Estatística, mestre e doutora em Educação, Lina destacou sua experiência profissional e no próprio conselho como um diferencial na busca pelo desenvolvimento do setor no Estado.
Com uma vivência de mais de 20 anos na rede estadual de ensino e ex-secretária de Educação de Betim (Região Metropolitana de Belo Horizonte), ela apontou como um dos principais desafios do conselho a reforma do ensino médio promovida pelo governo federal.
Apesar de ser favorável à reforma, Lina acredita que suas diretrizes precisam ser repensadas para que não aumente a desigualdade entre estabelecimentos de ensino. Estão previstas ações como a oferta de ensino em tempo integral e de um grande leque de disciplinas optativas para que os alunos possam se especializar em determinadas áreas de conhecimento.
No entanto, a maioria das escolas no Estado não possuem estrutura para isso. “Cerca de 450 municípios mineiros contam com só uma turma de ensino médio, e à noite", exemplificou a educadora.
Currículo – Como medidas prioritárias para o ajuste dos currículos à Base Nacional Comum Curricular (BNCC) dos ensinos infantil e fundamental, já homologada pelo Executivo federal, Lina elencou a readequação da formação dos professores, do material didático (em vista das novas tecnologias) e do processo de avaliação dos estudantes, ainda limitado às provas convencionais.
Ela também abordou a necessidade de incorporação de indicadores de desempenho, inclusive avaliações externas, no planejamento pedagógico das escolas.
Como exemplo dos avanços que a medida pode trazer, Lina lembrou sua própria atuação como diretora de escola. Mesmo acreditando ter feito uma boa gestão, a indicada contou não ter contado com dados sobre o desempenho dos alunos para ir além, promover mudanças mais significativas. “Pilotei um avião às cegas, sem o auxílio de nenhum daqueles instrumentos”, comparou.