Movimento dos aprovados no concurso falaram sobre aumento da criminalidade no Estado e disseram que 627 pessoas aguardam nomeação
Deputados criticaram política de segurança pública do governo
Aprovados em concurso da Polícia Civil cobram nomeação de excedentes

Aprovados em concurso da Polícia Civil pedem nomeação

Representantes de candidatos estiveram presentes em reunião da Comissão de Segurança Pública nesta quarta-feira (14).

14/08/2018 - 12:40

Representantes de movimento dos aprovados em concurso para investigadores da Polícia Civil realizado em 2014 participaram, nesta quarta-feira (14/8/18), de reunião da Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). Eles cobram do governo estadual a sua nomeação.

Uma das representantes, Aline Moura de Assis, explicou que o movimento montou um acampamento em Belo Horizonte na tentativa de sensibilizar o governo. Ela lembrou que faltam policiais nas ruas e que os índices de criminalidade estão aumentando, sendo que 627 aprovados aguardam a sua nomeação.

Segundo ela, a Lei de Responsabilidade Fiscal permite a nomeação de concursados na segurança pública no caso de vacância por aposentadoria, por exemplo. Outro representante, Thiago Oliveira Botan, também destacou que a nomeação dos aprovados vai contribuir com a segurança da população.

Já Felippe Augusto Alves Castro afirmou que o movimento deu início a um abaixo-assinado buscando apoio da população. Ele cobrou que o governo cumpra com sua palavra e nomeie os aprovados.

Promessa - O presidente da comissão, deputado Sargento Rodrigues (PTB), criticou a falta de nomeações e lembrou que, na sua campanha, o governador Fernando Pimentel (PT) prometeu que iria contratar novos policiais. “As forças de segurança do Estado estão sucateadas, falta material e falta pessoal”, criticou.

Ele destacou ainda que, nos últimos anos, vários policiais se aposentaram e que o governo não nomeou novos servidores na mesma proporção. Sargento Rodrigues ainda apontou que a comissão já aprovou oito requerimentos solicitando a nomeação dos concursados.

O deputado João Leite (PSDB) lamentou o fato de o governo não receber os aprovados no concurso. Ele destacou que quem está perdendo é a população, já que a Polícia Civil não conta com estrutura para investigar os crimes.

Militares não comparecem em audiência sobre carga horária

O objetivo da reunião da comissão era debater a carga horária dos policiais e bombeiros militares do Estado já que em várias situações não estaria sendo respeitada a Lei Complementar 127, de 2013, que fixa em 40 horas a carga semanal de trabalho dos militares estaduais. Entretanto, os representantes do comando da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros não compareceram.

O autor do requerimento, deputado Sargento Rodrigues, apontou que a ausência dos representantes do Executivo e dos comandos da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros demonstra a irresponsabilidade do governo estadual. Sargento Rodrigues ainda fez duras críticas ao governador Fernando Pimentel e à condução da política de segurança pública em Minas Gerais.

O deputado João Leite também lamentou a ausência de representantes do Executivo. Ele também questionou a veracidade dos índices de violência divulgados pelo governo. “A propaganda não responde às questões que a população está enfrentando”, apontou.

João Leite destacou ainda reportagens divulgadas pela imprensa que mostrariam o controle que organizações criminosas têm dentro do sistema penitenciário, além da suposta participação delas em crimes ocorridos em todo o Estado. Ele ainda denunciou o uso político das forças de segurança que estaria acontecendo em Minas Gerais.

Associação - O diretor jurídico da Associação de Servidores do Corpo de Bombeiros e Polícia Militar, sargento Matscelo Boaz Tarley, destacou que compareceu à reunião para falar como cidadão e discutir os problemas da segurança em Minas Gerais. Ele foi convidado para participar da audiência sobre a carga horária dos militares.

Matscelo Tarley apontou que uma das funções do Poder Legislativo é fiscalizar o Executivo, mas, segundo ele, os parlamentares da situação conseguem impedir que a oposição tome medidas mais drásticas contra o governo. Para ele, o governo atual está desrespeitando a legislação, criticando ainda o suposto tratamento desigual entre servidores do Estado.

Contribuição previdenciária – Por fim, Sargento Rodrigues apresentou outra denúncia durante a reunião. Segundo ele, o comando militar estaria percorrendo o Estado defendendo o aumento da contribuição previdenciária dos militares. “Estão fazendo papel de cabo eleitoral do PT”, afirmou.

Consulte o resultado da reunião.