Oradores – Reunião Ordinária de Plenário de 7/6/18
O protesto de servidores da segurança e o rompimento de acordo da Caixa com a Cemig motivaram os discursos na tribuna.
07/06/2018 - 18:03Pagamento de contas
O deputado Elismar Prado (Pros) criticou a decisão da Caixa Econômica Federal (CEF) de romper o contrato com a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), pelo qual as casas lotéricas são autorizadas a receber o pagamento de faturas de energia elétrica do Estado. Segundo ele, o rompimento, a vigorar a partir do próximo dia 26, se deu de forma autoritária, sem transparência e sem publicidade ou divulgação, pegando a população de surpresa. "A medida vai causar prejuízos não só aos lotéricos, que prestam um relevante serviço, mas sobretudo à população dos pequenos municípios que não contam com rede bancária”, disse. “A decisão da CEF viola frontalmente os direitos do consumidor”, protestou, acrescentando que “a Caixa é uma instituição que tem função social e não deveria almejar o lucro acima de tudo”. Para debater o assunto, o deputado solicitou a realização de audiência pública à Comissão de Defesa do Consumidor e do Contribuinte.
Manifestação 1
O protesto dos servidores da área de segurança, na quarta-feira (6), foi o tema abordado pelo deputado Sargento Rodrigues (PTB). O parlamentar afirmou que o ato foi “absolutamente ordeiro e pacífico” e acusou o Governo do Estado de sucatear as políticas públicas e desviar verbas da previdência dos militares. Ele condenou o parcelamento dos salários dos servidores e criticou o jornalista Carlos Lindenberg pela entrevista concedida a uma emissora de rádio, durante a qual, segundo o deputado, o jornalista teria associado o protesto na Praça da Liberdade aos ataques criminosos que vêm ocorrendo no Estado. O parlamentar disse que vai pedir retratação ou recorrerá à Justiça. Em aparte, o líder do Governo, deputado Durval Ângelo (PT), criticou o que ele chamou de ocupação, à força, de um prédio que representa o Poder Executivo, no momento em que as forças policiais estão de prontidão contra a organização criminosa PCC. "Não foi um gesto de solidariedade”, concluiu.
Manifestação 2
O ato público realizado por servidores da segurança, na Praça da Liberdade, também motivou o discurso do deputado João Leite (PSDB), que lamentou o fato de o Governo do Estado ter pedido a prisão do deputado Sargento Rodrigues (PTB), o que considerou “uma afronta”. “O deputado é um representante do povo e merece todo o meu apoio”, disse, recordando que a própria Assembleia Legislativa reintegrou três deputados cassados pela ditadura militar. “Como é que agora o governo do PT pede a prisão de um parlamentar?”, questionou. O deputado disse que vai pedir à Mesa da ALMG que se manifeste contra a medida. João Leite também protestou contra um delegado da Polícia Civil que o estaria perseguindo e acusando-o de fraude. Em aparte, Sargento Rodrigues disse que “o PT gosta de fazer jogo de palavras”. “Quando é um adversário político que adentra um prédio público, eles dizem que é invasão, mas quando é o MST que age, eles chamam de ocupação”, criticou.
Manifestação 3
O deputado Durval Ângelo (PT) criticou Sargento Rodrigues (PTB) por ter “incentivado a invasão do Palácio da Liberdade”. Lembrou o protesto com mais de 100 mil desempregados, no governo Tancredo Neves, quando os participantes ameaçaram derrubar as grades do palácio, mas foram contidos pelo líder metalúrgico João Paulo Pires Vasconcelos, que alertou: “Esse é o símbolo do poder de Minas. Não podemos invadi-lo”. Em 1997, “na histórica greve dos policiais”, os manifestantes também preservaram o palácio. Segundo Durval Ângelo, anos depois, o então governador Itamar Franco mobilizou as forças policiais para preservar o "símbolo do poder”. E no Chile, lembrou, o presidente Salvador Allende lutou até o fim no Palacio de la Moneda. “O deputado Sargento Rodrigues extrapolou. Não posso concordar com isso, no momento em que a polícia está de prontidão contra o avanço do crime”. Em aparte, Sargento Rodrigues disse que em 2016, durante a votação do impeachment, houve invasão do Palácio do Planalto.