O programa Geração, da TV Assembleia, discute a diversidade de gênero neste sábado (16/6/2018), às 19 horas. Como o assunto é tratado na Constituição Federal e no Estado? Como o preconceito tem sido discutido nos diversos ambientes da sociedade: escolas, imprensa, família, igreja? Quais as conquistas para reduzir a violência gerada pela homofobia? Elas têm dado resultados? E onde buscar informações que ajudem a compreender melhor o assunto?

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Neste terceiro Geração Especial das Eleições 2018, a apresentadora Nathália Bini ouviu dos jovens que ajudaram na promoção do Primeiro Encontro de Diversidade, Sexualidade e Gênero em Belo Horizonte, em 2017, um pouco sobre suas experiências, preconceitos que sofrem e como o tema tem sido discutido em suas famílias, escolas e trabalho.

Também participaram do programa o doutor em Relações de Gênero pela UFMG, professor Paulo Nogueira, e Lucca Najar, videomaker e youtuber, com mais de 70 mil seguidores.

No primeiro bloco, o programa mostra o sofrimento que vivem os que são discriminados por causa da sua identidade de gênero. Diferencia também sexo biológico de orientação sexual e também de identidade de gêneros. “Estes conceitos, se misturados, geram grande confusão e dificultam o entendimento sobre o assunto, gerando mais preconceitos e exclusão”, destaca Paulo Nogueira.

“O Brasil é o País que mais mata Lésbicas, Gays, Bissexuais e Travestis (LGBT) no mundo. Minas Gerais é o segundo estado nas estatísticas e, a cada 19 horas, morre uma pessoa LGBT no Brasil. Com uma Constituição tão bacana como a nossa, esta conta não fecha”, afirmou Lucca Najar. “Enquanto nos Estados Unidos já há mais de 30 gêneros reconhecidos com identidade pela lei e pelo estado, aqui ainda precisamos de intervenção para garantir direitos”, lembrou Paulo.

O Geração mostrou, ainda, a luta das pessoas que atuam no movimento LGBT no País e em Minas, os avanços conquistados nos últimos anos, através de leis, como o direito ao uso do nome social nas escolas, em Minas, para evitar a evasão escolar. Os desafios e entraves para algumas medidas entrarem em vigor na prática também foram discutidos.

Os convidados foram unânimes em dizer que os rótulos ajudam na luta, mas também podem confundir. “A gente precisa falar sobre o assunto com leveza e humor. Saber que as pessoas com uma identidade de gênero diferente da binária (homem/mulher) também têm família, trabalham, namoram, casam, enfrentam desafios com a saúde. Elas também precisam de políticas públicas para serem respeitadas em seus direitos”, defendeu Lucca Najar.

Reprise - O programa Geração tem reprises no domingo (17), às 12h30, e está disponível no portal da ALMG.