Pacientes com bexiga neurogênica reivindicam cateter hidrofílico - Arquivo ALMG

Comissão propõe grupo para estudar protocolo de cateterismo

Proposta visa beneficiar pessoas com retenção urinária crônica. Assunto será debatido em audiência nesta terça (19).

15/06/2018 - 13:17

Com o objetivo de instituir um grupo de trabalho destinado a debater propostas e sugestões para desenvolver um Protocolo de Cateterismo Intermitente Limpo para pessoas com retenção urinária crônica, a Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) realiza audiência de convidados na próxima terça-feira (19/6/18), às 16 horas, no Plenarinho I.

A iniciativa é do presidente da comissão, deputado Duarte Bechir (PSD), atendendo a demanda de pacientes que apresentam bexiga neurogênica, uma disfunção do órgão que pode estar associada a alguma doença, incidente ou a algum problema congênito, como em pessoas que usam cadeiras de rodas.

Na última segunda-feira (11), o assunto foi debatido em audiência pública da mesma comissão, com a participação de especialistas e pessoas que apresentam a disfunção.

Na ocasião, deliberou-se pela necessidade de formação do grupo, visando, entre outros objetivos, levar o Sistema Único de Saúde (SUS) a ofertar um tipo de cateter mais eficiente e flexível, já lubrificado e descartável, o cateter hidrofílico, em lugar do cateter convencional, atualmente oferecido pela rede pública de saúde.

Os pacientes se queixam de que a sonda ofertada hoje pelo SUS, de material mais rígido e de menor eficácia, provoca fortes dores e lesões na uretra, além de ser de difícil manipulação.

Segundo o deputado Duarte Bechir, o grupo será formado por um integrante da própria comissão e da comissão equivalente da Ordem dos Advogados do Brasil de Minas Gerais (OAB-MG), reunindo ainda representantes da Defensoria Pública do Estado, do grupo de mães de crianças com a disfunção, da Secretaria de Estado de Saúde e da Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte, além de dois usuários de cateter.

Os pacientes reclamam, ainda, que o kit atualmente fornecido pelo SUS é insuficiente para o mês inteiro. De acordo com denúncias feitas por usuários, o SUS oferta apenas sete kits para todo o mês, recomendando a sua reutilização, o que os pacientes consideram arriscado.

Além do cateter, o kit é composto de pomada lubrificante, gaze, luvas e xilocaína. O cateter hidrofílico, ao contrário, além de ser descartável, é lubrificado e, por isso, dispensa o uso da pomada e da xilocaína.

Convidados – A comissão convidou a participar da audiência, entre outros, secretários de Estado e do município de Belo Horizonte e usuários de cateter.

Consulte a lista completa de convidados para a reunião.