Representante do DEER apresentou o cronograma das obras e explicou que os primeiros 10 km da pavimentação da rodovia serão concluídos até o final deste ano.
O fiscal do DEER, Roberto de Castro, disse que término das obras está previsto para abril de 2020

Pavimentação da MGC-262 está garantida

Representante do DEER assegura a realização de obras em trecho entre Caeté e Barão de Cocais.

14/06/2018 - 23:15

Dos 25 km a serem pavimentados na MGC-262, entre Caeté e Barão de Cocais, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, 10 serão concluídos até dezembro de 2018. O anúncio foi feito em audiência pública da Comissão do Trabalho, da Previdência e da Assistência Social da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), realizada na noite desta quinta-feira (14/6/18), na Escola Municipal Israel Pinheiro, no povoado de Rancho Novo, em Caeté.

O fiscal do Departamento de Edificações e Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DEER-MG), Roberto Navarro de Castro, apresentou o cronograma das obras, ressaltando que a terraplanagem de oito quilômetros do trecho já se encontra em estágio avançado. Ele explicou que os primeiros 10 km da pavimentação serão concluídos até o final deste ano.

Em 2019, as obras vão alcançar o município de Barão de Cocais, quando serão realizadas também as intervenções no contorno da cidade. Estão inclusas, no processo, a construção de pontes e galerias devido à presença de nascentes e córregos, além de desapropriações. O término está previsto para abril de 2020, destacou Roberto.

Segundo o fiscal do DEER, a empresa que executa a obra, a Cadar Engenharia, tem cumprido o cronograma. A vencedora da licitação terá até 840 dias para entregá-la. Ele lembra também que já foram gerados 120 empregos diretos na região e que, até o fim do empreendimento, esse número chegará a 200.

Para o secretário municipal de Obras, Júlio César Batista, nem mesmo o período atípico de chuvas interferiu no andamento dos trabalhos a ponto de comprometer o prazo. Júlio afirmou que o asfaltamento da estrada vai fomentar o comércio e a geração de empregos na região, além de atender a uma antiga demanda dos moradores, que, há anos, enfrentam dificuldades para transitarem entre as cidades no entorno.

Esforço político viabiliza obras na rodovia

O deputado Celinho do Sinttrocel (PCdoB), que solicitou a realização da audiência, enfatizou a união de forças políticas para viabilizar as obras, que foram suspensas no governo anterior. Ele explicou que a suspensão se deu por embargo do Ministério Público, isso porque não foi realizado o devido licenciamento ambiental.

Ele conta que se reuniu com gestores dos órgãos responsáveis a fim de apurar as providências necessárias a serem tomadas e também para pedir a retomada do processo.

O parlamentar disse ainda que, após o esforço conjunto de lideranças políticas de âmbito federal, estadual e municipal, a ordem de serviço foi emitida em dezembro de 2017, com o orçamento de R$ 63 milhões.

De acordo com ele, as obras vão beneficiar não só os moradores de Caeté como também os dos municípios vizinhos, além de empresas importantes situadas na região, como a Gerdau e a Vale, que terão melhor acesso para escoar sua produção.

“É a segunda obra mais onerosa do Estado. Para se ter uma ideia, a pavimentação da LMG-760, estrada que liga o Vale do Aço à Zona da Mata, custará aproximadamente R$ 100 milhões, mas asfaltará um trecho de 65 km, enquanto os 25 km a serem pavimentados aqui demandarão um investimento de R$ 63 milhões”, afirma Celinho do Sinttrocel.

Ele explica que, proporcionalmente, o custo da pavimentação da MGC 262 é mais alto, justamente pelas especificidades do trecho que exigem mais intervenções. 

Inclusão – O vereador de Caeté Nilo Teixeira Filho disse que este é um momento histórico para o povoado de Rancho Novo, que participou da primeira audiência pública realizada pela ALMG na comunidade.

Ele afirmou ainda que sua expectativa, com o asfaltamento da via, é promover maior inclusão social da população. “Precisamos crescer”, alerta.

Os moradores locais apresentaram suas dúvidas aos convidados da reunião e ainda demandas como o asfaltamento de ruas do povoado, a melhoria dos desvios feitos pela empresa Cadar, que se encontram em situação precária, e a promoção de medidas que possam gerar mais empregos.

Erica da Silva, residente há 30 anos no Rancho Novo, disse que a população está desempregada, que as vias são de difícil acesso e solicitou aos participantes da reunião que façam um trabalho de sensibilização para que as empresas do entorno deem preferência aos profissionais da localidade.

Houve ainda o apelo para que as lideranças políticas “não abandonem” o povoado, que continuem comprometidos com o andamento das obras pelos próximos dois anos, independentemente do resultado das próximas eleições.

Consulte o resultado da reunião.