João Leite criticou a política de segurança pública do Estado
A política de preços dos combustíveis foi abordada por Rogério Correia
Carlos Pimenta denunciou agressões ambientais no Norte de Minas

Oradores - Reunião Ordinária de Plenário de 5/6/18

Segurança pública, meio ambiente e a política de preços da Petrobras foram os temas abordados na reunião de Plenário.

05/06/2018 - 18:12

Segurança
O deputado João Leite (PSDB) fez críticas à condução da política de segurança pública pelo Governo de Minas. “A propaganda mostra que diminuiu o número de crimes, mas é o contrário do que vemos agora no Sul de Minas, com ataques a ônibus e bancos”, afirmou. Ele avalia que o quadro se deve à falta de investimentos e de estrutura nas Polícias Militar e Civil. “Tapira, em São Paulo, tem forte estrutura policial, enquanto no Sul de Minas, um delegado atende dez cidades”, comparou. Ele atribuiu os crimes a líderes de quadrilhas: “Vou trazer a gravação de líder do PCC comandando, dentro de uma penitenciária mineira, os ataques”. E ainda condenou o afastamento do diretor da penitenciária Nelson Hungria, Luiz Carlos Danuzio. Em aparte, o deputado Durval Ângelo (PT) concordou que Danunzio não deveria ter sido afastado. Mas discordou quanto à reação do governo aos crimes recentes: “A resposta foi muito positiva e já temos 40 presos".


Petrobras
Vestido com o jaleco dos trabalhadores da Petrobras, o deputado Rogério Correia (PT) fez um alerta para o que considerou uma tentativa do governo Michel Temer de privatizar a empresa. “Vimos a greve de caminhoneiros, com transtornos para a população, devido ao preço dos combustíveis. No governo Dilma Rousseff, o valor da gasolina era de R$ 2,69 e hoje subiu para mais de R$ 5,00!”, reclamou. O agravamento da situação, na opinião dele, deve-se à política ultraliberal aplicada pelo ex-presidente da estatal, Pedro Parente, que teria sido indicado pelo PSDB. “O Brasil não é levado em conta pela política de preços de Parente, que agora cumpre a tarefa de preparar a privatização da Petrobras”, disse. O deputado acrescentou que o Senado vai ouvir nesta terça (5) o novo presidente da Petrobras, Ivan Monteiro, para saber qual política de preços de combustíveis será aplicada pela empresa. “Se continuar como está, o Brasil cairá numa recessão ainda pior”, avaliou.

Meio ambiente
Ao lembrar do Dia Mundial do Meio Ambiente (5 de junho), o deputado Carlos Pimenta (PDT) afirmou que “não há nada a comemorar nessa data”. Ele disse que denunciou agressões ambientais, especialmente no Norte de Minas. “Hoje, minha região é um deserto verde, com milhões de hectares plantados de eucalipto, que não trazem nenhum benefício efetivo”, lamentou. Segundo ele, grupos empresariais arrendam terras do governo por meio de contratos obscuros para fazer o plantio. Um dos maiores danos provocados é o ressecamento de rios: “O Jequitinhonha é um rio de lama, sem nenhum tipo de vida. Na estiagem, vários rios de porte secam na região, como o Verde Grande e o Jequitaí, que morrem sem nenhum socorro do governo”, lamentou. “Estamos condenando as próximas gerações a verem o Norte de Minas transformado num grande deserto”, concluiu. Em aparte, o deputado Dalmo Ribeiro Silva (PSDB) concordou que o governo não atua em favor do meio ambiente.

Consulte os pronunciamentos realizados em Plenário.