Mineira de Divinópolis, no Centro-Oeste do Estado, Adélia Prado é, hoje, a poeta viva mais reconhecida do Brasil e será a entrevistada do Memória & Poder, que estreia neste sábado (28/4/18), às 20 horas, na TV Assembleia e no Portal da ALMG.

No programa, a autora lembra da infância pobre e de poucos livros na sua terra natal. Fala da perda precoce da mãe e da referência que teve no pai e no poeta Carlos Drummond de Andrade para produzir os primeiros textos.

“Só aos 40 anos escrevi alguma coisa que era diferente, não estava copiando ninguém. Era eu mesma e era lírico”, diz sobre o primeiro livro, Bagagem, de 1976. “Bagagem é o que você leva na viagem. É o estritamente necessário. Sem aquilo, você não consegue viver”, explica o nome da obra.

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Além de literatura, Adélia fala sobre o atual momento das mulheres e do Brasil. Para ela, o termo “empoderamento feminino” traz consigo uma perda do feminino, seja nas artes, seja na política. Sobre o Brasil, a poeta ainda vê o País num momento confuso. “Ainda estamos muito divididos em ideologias partidárias. E isso é perigoso. Estamos abrindo mão do pensamento crítico. Temos que saber que não estamos discutindo pessoas, nem dogmas, mas ideias”.

Reprises – O Memória & Poder tem reprises no domingo (29), às 15h30; segunda-feira (30), à meia-noite; e terça-feira (1º), às 21 horas.