A cobrança de pedágio na MG-424 motivou críticas de João Vítor Xavier
Explosões de caixas eletrônicos foram tema de Antonio Carlos Arantes
Cristiano Siliveira incorporou o nome de Lula ao seu, no painel do Plenário
Para Paulo Guedes, os derrotados não aceitaram resultado das eleições
Rogério Correia disse que o MTST desmontou a farsa do triplex

Oradores - Reunião Ordinária de Plenário de 17/4/18

Cobrança de pedágio na MG-424, explosão de caixas eletrônicos e a repercussão da prisão de Lula pautaram os discursos.

17/04/2018 - 19:11 - Atualizado em 17/04/2018 - 19:41

Pedágio MG-424
O deputado João Vítor Xavier (PSDB) criticou a instalação de pedágio na MG-424, rodovia que leva a cidades como Sete Lagoas (Região Central do Estado), Pedro Leopoldo e Matozinhos, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Ele manifestou sua solidariedade às lideranças políticas e à população dos municípios atingidos pela medida. De acordo com o parlamentar, não há motivo para a cobrança de pedágio na via, que, segundo ele, está em péssimas condições. “Estamos pagando pedágio para morrer. É o que já acontece na BR-040”, ressaltou João Vítor Xavier. Para ele, o cidadão já se encontra onerado com os impostos existentes. Lembrou também que o aumento de gasolina no ano passado já pesou muito no bolso do contribuinte mineiro: “Em Minas, pagamos a gasolina mais cara do País”. O deputado ainda ponderou que a bancada do PT, hoje base do governo, criticou a instalação de pedágios nas estradas do Estado, quando fazia oposição.

 

Assaltos
A explosão de caixas eletrônicos em cidades do interior de Minas pautou o pronunciamento do deputado Antonio Carlos Arantes (PSDB). Ele afirmou que as ações criminosas, quando realizadas em municípios de poucos habitantes, causam maior impacto para a população. Segundo o parlamentar, pode ocorrer até mesmo o empobrecimento dessas cidades, que não contam mais com qualquer instituição financeira. “É um prejuízo para todos, causa até mesmo o fechamento do comércio local”, enfatiza. O deputado ainda disse que os crimes realizados no interior não têm a mesma atenção daqueles praticados em municípios de grande porte. Ele lembrou o caso de Passos (Sul do Estado), onde ocorreu recentemente a explosão de caixas eletrônicos. O parlamentar disse que os suspeitos foram localizados e capturados dias depois do crime. Em aparte, o deputado Cássio Soares (PSD) agradeceu os esforços da Polícia Civil na resolução do caso. João Leite (PSDB), também em aparte, manifestou sua concordância com os pares.

 

Lula I
O deputado Cristiano Silveira (PT), que incorporou o nome do ex-presidente Lula à sua assinatura política no painel de votação do Plenário, disse que aderiu ao ato com muito orgulho. O nome do deputado passou a ser exibido como Cristiano Lula Silveira. Todos os membros do partido solicitaram, por meio de requerimento, a alteração. Para o parlamentar, a homenagem é justa: “Fazemos isso por sua trajetória. Ele foi o presidente que tirou 30 milhões de pessoas do Mapa da Fome da ONU; que implementou os programas Mais Médicos, Farmácia Popular; criou novas universidades federais e colocou o Brasil entre as primeiras economias do mundo”. O deputado criticou a prisão de Lula, que classificou como ilegal e movida por um processo repleto de vícios. Para ele, Lula foi vítima de perseguição política e deveria ser considerado então um preso político. Acrescentou que seria inocência pensar que vivemos hoje em um País democrático.

 

Lula II
O nome do deputado Paulo Guedes (PT) foi exibido no painel do Plenário como Paulo Lula Guedes. Ele explicou que o gesto tem sido repetido em assembleias de outros estados e em câmaras municipais, além da iniciativa já tomada por deputados federais. O parlamentar disse que a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deriva ainda da recusa em aceitar o resultado das últimas eleições. “São perdedores e covardes, não suportaram as quatro derrotadas seguidas nas urnas e tiveram que providenciar o golpe”, enfatizou o deputado. Para ele, a elite brasileira não suportou dividir os aeroportos, a ascensão da população mais pobre, os negros e indígenas nas universidades. Paulo Guedes disse ainda que eles não têm motivo para se envergonhar de Lula. "Já os deputados que tantas vezes manifestaram sua admiração ao atual senador Aécio Neves, do PSDB, têm evitado falar o nome do político e nem aceitam a presença dele em convenções do partido”, concluiu.

 

Triplex
A ocupação realizada na última segunda-feira (16), por membros do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), no apartamento triplex localizado no Guarujá (litoral de São Paulo), cuja propriedade foi atribuída ao ex-presidente Lula, marcou o pronunciamento do deputado Rogério Correia (PT). “A ocupação do triplex desmontou a farsa. O apartamento não é do Lula, tanto que a empreiteira OAS acionou a polícia para retirar os militantes de lá”, ressaltou o parlamentar. Ele afirmou que as filmagens realizadas dentro do apartamento demonstram que alegações contidas no processo de que foram adquiridos equipamentos como elevador privativo e de que foi feita reforma milionária não condizem com a realidade do imóvel. De acordo com o deputado, é preciso questionar o juiz Sérgio Moro sobre a incongruência. O nome do parlamentar também foi exibido no painel do Plenário como Rogério Lula Correia.

 

Consulte os pronunciamentos realizados em Plenário.