Santa Casa de Belo Horizonte, Hospital Mário Penna, também na Capital, e Hospital Márcio Cunha, de Ipatinga (Vale do Aço), são algumas das dezenas de instituições cujo trabalho estaria ameaçado pela falta de repasses devidos pelo Governo do Estado.

Representantes desses hospitais estiveram na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), nesta sexta-feira (13/4/18), pedindo ajuda ao presidente, deputado Adalclever Lopes (PMDB), para superar a crise financeira. Adalclever Lopes prometeu empenho, no âmbito de competências do Poder Legislativo, para que a sobrevivência dos filantrópicos esteja garantida.

De acordo com o presidente da ALMG, o deputado Carlos Pimenta (PDT) já solicitou audiência pública para discutir o assunto. "Somos totalmente solidários nessa causa. Vamos realizar a audiência, vamos fazer nosso papel, que é fiscalizar", afirmou Adalclever Lopes.

O superintendente do Hospital Márcio Cunha, Mauro Oscar Lima, afirmou que a dívida do Poder Executivo já estaria em torno de R$ 100 milhões, somente com os três grandes hospitais citados. Segundo ele, essa dívida inclui atendimentos feitos aos segurados do Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (Ipsemg), ao qual o hospital é conveniado, e que não foram pagos pelo governo.

Diretor executivo da Presidência da Santa Casa de BH, Carlos Renato de Melo Couto afirmou que o último repasse do Estado para a instituição foi em setembro de 2016.

Já o presidente da Fundação Educacional Mário Penna, o ex-deputado federal Osmânio Pereira, disse que hoje o Mário Penna, referência em oncologia de alta complexidade, sobrevive basicamente de doações particulares. Mas, com a crise econômica no País, os colaboradores também teriam diminuído.

Os representantes das instituições vieram à Assembleia acompanhados do deputado federal Leonardo Quintão (PMDB-MG). O deputado estadual Lafayette de Andrada (PRB) também acompanhou a reunião.