Defasagem no quadro de pessoal e demora no trâmite para nomeação de conselheiros foram problemas relatados
Presidente do conselho apresentou demandas do órgão, durante visita nesta quarta (11)

Comissão ouve demandas do Conselho Estadual de Educação

Problemas na estrutura física do prédio e com a distribuição de conselheiros estão entre as preocupações.

11/04/2018 - 17:45

A distribuição dos conselheiros entre as Câmaras do Ensino Superior e da Educação Básica foi um dos temas tratados na visita da Comissão de Educação, Ciência e Tecnologia da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) ao Conselho Estadual de Educação. As condições da estrutura física que abriga o órgão, bem como seus recursos humanos, também foram tema da visita realizada nesta quarta-feira (11/4/18).

A deputada Ione Pinheiro (DEM) foi recebida pelo presidente do conselho, Hélvio de Avelar Teixeira. Um dos questionamentos feitos ao longo da conversa foi o fato de que os 24 conselheiros sejam distribuídos igualmente entre as duas câmaras, apesar de 95% dos processos analisados pelo órgão se concentrarem apenas na Câmara de Educação Básica, que trata do ensino fundamental e do ensino médio profissionalizante.

A discrepância, segundo Hélvio Teixeira, leva a transferências informais e internas dos conselheiros para que seja possível dar andamento aos trabalhos. Ainda assim, segundo ele, há atrasos.

A deputada Ione Pinheiro disse que é preciso adequar a legislação que trata do conselho ao seu funcionamento efetivo, a começar pela distribuição dos seus membros.

Outro problema apresentado pelo presidente do órgão diz respeito aos trâmites de nomeação dos conselheiros. Metade deles é indicada pelo governador e a outra metade, por entidades da sociedade civil ligadas à área da educação.

Após a indicação, porém, eles precisam ser sabatinados pela ALMG, o que, segundo Hélvio Teixeira, às vezes demora mais de um ano. O atraso na nomeação e posse decorrente dessa demora levaria a vacâncias longas nos cargos.

Também o quadro de servidores técnicos está, na avaliação do presidente, defasado. São atualmente 29 servidores e seriam necessários, segundo Hélvio Teixeira, pelo menos o dobro.

Ele ressaltou, ainda, que a maioria dos servidores, apesar de ainda na ativa, já são aposentados. Isso significa que são necessários novos trabalhadores para aprender o trabalho, antes que o conhecimento acumulado pelos que devem deixar os cargos em breve não se perca.

O presidente também conduziu a deputada Ione Pinheiro pelas dependências do prédio e apontou uma série de problemas estruturais. As instalações elétricas e hidráulicas precisam, segundo ele, de manutenção. Além disso, problemas nos forros e tetos levam a várias infiltrações e alguns banheiros estão interditados.

A parlamentar se disse sensibilizada pelas questões apresentadas e se comprometeu em apoiar o órgão na busca por melhorias e na construção de uma legislação mais adequada ao seu funcionamento.

Regulação – O Conselho Estadual de Educação é ligado à Secretaria de Estado de Educação e suas principais funções estão relacionadas à regulação da educação, em especial no que diz respeito à autorização e fiscalização de escolas e cursos.

Ele também precisa ser comunicado pelas instituições de ensino privadas de todas as alterações administrativas, como troca de fundação mantenedora ou mudanças societárias.

Consulte o resultado da visita.