BeHoppers ocupa espaços públicos de Belo Horizontes para difundir o lindy hop

Programa Geração recebe grupo BeHoppers

Eles divulgam o lindy hop, estilo de dança afro-americano do final da década de 1920.

14/12/2017 - 16:47

Be hopper, em tradução livre, significa “seja saltador”. O BeHoppers é um grupo belo horizontino de lindy hop, estilo de dança afro-americano, que surgiu em Nova York, misturando vários estilos, como Charleston e sapateado, sempre com passinhos embalados ao som das grandes bandas de jazz.

Criado em 2012, o BeHoppers faz apresentações e intervenções pela cidade, participa de festivais internacionais e organiza aulões gratuitos de lindy hop em praças públicas da Capital mineira. O grupo é a atração do programa Geração, que a TV Assembleia exibe neste sábado (16/12/17), às 19 horas.

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O bate-papo sobre a dança foi com a co-fundadora do BeHoppers, Camila Magalhães, e a integrante do grupo, Taís Gomes. Elas explicam como o grupo surgiu, a paixão pelo estilo lindy hop e o trabalho do grupo BeHoppers. Elas também contam, por exemplo, a história do ritmo e a origem do nome lindy hop, que remete ao piloto americano, Charles Lindbergh, responsável pelo primeiro vôo transatlântico solo (1927). Também será lembrada a trajetória de grandes dançarinos, como Frankie Manning (1914-2009). Ele estourou nos bailes do Savoy Ballroom, no Harlem, em Nova York, na década de 1930. Durante uma competição em 1935, Manning venceu Shorty George, considerado o maior dançarino de lindy até então.

Homenagem - “As iniciais de BH em destaque no nome BeHoppers mostra o amor por Belo Horizonte”, conta Camila, que hoje dá aulas desse estilo e também cursa Licenciatura em Dança na UFMG, onde se forma no final de 2018. “Nosso objetivo é divulgar o lindy hop. E foi seguindo o projeto mundial do I Charleston The World, que prevê a propaganda da dança através de vídeos que fazem uma homenagem às cidades pelo mundo, que o movimento ganhou força na capital mineira. Quando fizemos o vídeo I Charleston Belo Horizonte, ele viralizou. E muita gente ouviu pela primeira vez falar do lindy hop”, relembra.

Segundo Camila, o movimento ainda é ascendente no Brasil, com representantes na Capital mineira e em São Paulo, mas está presente em mais de 80 centros urbanos na América do Norte, África, Ásia e Europa.

Taís Gomes tem 18 anos e conheceu o estilo no ano passado, durante o Festival Internacional I Love Jazz, na Praça do Papa, quando viu os dançarinos do BeHoppers se apresentando e se apaixonou. “Peguei o contato deles, fiz curso intensivo de férias e fui chamada a participar do grupo. O estilo tem andando junto com minha paixão pela música”. Taís toca ukelele e escaleta e destaca que “o estilo descontraído da dança, sem muito rigor com técnicas, faz com que pessoas, como eu, que nunca dançaram antes, e de todas as idades se apaixonem por essa liberdade de dançar”.

O Geração também mostrou a história de Marina Campos, 18 anos, que começou a dançar clássico aos quatro anos, mas, desde que conheceu o lindy hop, sonha em aliar a psicologia com a dança contemporânea, inclusive para tratamentos da saúde das pessoas. No final do programa, as dançarinas mostraram um pouco da dança e levantaram a plateia de adolescentes do Núcleo Vida para ensaiar alguns passinhos com elas.

Reprises - O Geração será reprisado no domingo (17), às 12h30, e na segunda-feira (18), às 13 horas.