A operação da Polícia Federal “Esperança Equilibrista”, executada nesta quarta-feira (6/12/17), na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), será tema de audiência pública na Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). O requerimento é de autoria do deputado Rogério Correia (PT).

Oito mandados judiciais de condução coercitiva e 11 mandados judiciais de busca e apreensão foram cumpridos. Entre os conduzidos estão o reitor, Jaime Arturo Ramírez, e a vice-reitora Sandra Goulart Almeida. A operação apura a não execução e o desvio de recursos públicos destinados à construção do Memorial da Anistia Política do Brasil, financiado pelo Ministério da Justiça e executado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Segundo informações da Polícia, a obra seria feita a partir da reforma do Coleginho, localizado no bairro de Santo Antônio, em Belo Horizonte. Nele seria instalada uma exposição de longa duração, com obras e materiais históricos. Estava prevista também a construção de dois prédios anexos e uma praça de convivência.

Mais de R$ 19 milhões já teriam sido gastos na construção e em pesquisas de conteúdo para a exposição. Mas, até o momento, apenas a obra referente a um dos prédios estaria sendo feita e estaria inacabada. Ainda segundo os investigadores, quase R$ 4 milhões teriam sido desviados por meio de fraudes em pagamentos feitos pela Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa (Fundep), que foi contratada para fazer os estudos de conteúdo e a produção de material para a exposição.

Intolerância – Na mesma reunião, também foi aprovado requerimento do presidente da Comissão, deputado Cristiano Silveira (PT), para a realização de debate sobre a crescente intolerância religiosa em Minas Gerais, que está levando, inclusive, à depredação de casas religiosas por todo o estado.