Duarte Bechir também falou do tema da prova de redação do Enem realizada no domingo (5)
Antonio Carlos Arantes criticou o trabalho desenvolvido pela Copasa
Carlos Pimenta tratou da expedição Caminhos dos Gerais no Norte de Minas
Para Sargento Rodrigues, segurança pública está sucateada no Estado

Oradores - Reunião Ordinária de Plenário de 7/11/17

Deputados trataram da proibição de novas matrículas em escolas especiais e da crise financeira nos municípios mineiros.

07/11/2017 - 16:55

Escolas especiais
O deputado Duarte Bechir (PSD) abordou o tema da redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), no último domingo (5/11/17), que foi a formação educacional dos surdos no Brasil. “É um assunto muito oportuno porque temos tratado das escolas especiais na Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência”, disse. São nove escolas especiais em Minas, como contou. Ele acrescentou que novas matrículas nessas instituições estão sendo proibidas e que a justificativa da Secretaria de Estado de Educação é a inclusão desses estudantes em escolas regulares. Em sua opinião, a iniciativa não é benéfica a essas pessoas, pois acaba gerando exclusão, uma vez que os alunos não se adaptam, muitas vezes, às novas instituições. Em aparte, o deputado Dalmo Ribeiro Silva (PSDB) comentou que essa questão também o preocupa. Ele acrescentou que o assunto já mobiliza prefeitos que têm recebido a reclamação de pais desses estudantes.


Reunião da AMM
A reunião da Associação Mineira de Municípios (AMM), no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Minas Gerais (Crea-MG) nesta segunda-feira (6), na Capital, pautou o pronunciamento do deputado Antonio Carlos Arantes (PSDB). De acordo com ele, os cerca de 300 prefeitos e vereadores presentes demonstraram desespero com a crise financeira vivenciada nos municípios. O parlamentar falou que o Governo de Minas chegou ao ponto de não repassar o ICMS, o que é uma apropriação indébita desse recurso. Antonio Carlos Arantes comentou que os valores referentes ao transporte escolar também não estão sendo destinados às cidades. Outra crítica feita foi ao trabalho desenvolvido pela Copasa que, para ele, cobra caro por um serviço mal prestado. “A Copasa é hoje a maior poluidora dos rios de Minas”, enfatizou. O deputado defendeu que prefeituras que estiverem com problemas com a empresa não renovem os contratos.


Meio ambiente
O deputado Carlos Pimenta (PDT) destacou que órgãos ligados ao meio ambiente em Montes Claros e outros parceiros percorreram localidades do Norte de Minas para constatar agressões ao patrimônio natural. O trabalho foi realizado pela quinta expedição Caminhos dos Gerais, entre os últimos dias 7 e 10 de setembro, que percorreu três roteiros: Serra do Cabral, Espinhaço e Peruaçu. “Essa caravana elaborou um documento importante”, afirmou. Ele fez a leitura desse conteúdo que apontou para um processo de desertificação na região. Apesar de a região ainda ser a mais preservada no Estado, com 50% da vegetação originária, como foi destacado pelo texto, pode ser duramente afetada com a exploração e a seca. A partir dessa constatação, foram apontadas algumas demandas como a proibição de que novas áreas sejam liberadas para plantações de eucalipto e a ampliação do Parque Veredas do Peruaçu a partir da aquisição de terras.


Uberaba
O assalto à empresa de transporte de valores Rodoban, em Uberaba (Triângulo Mineiro), pautou a fala do deputado Sargento Rodrigues (PDT). “Na madrugada de segunda (6), Uberaba amanheceu sobre o terror do crime e da violência. O Batalhão da Polícia Militar foi sitiado pelos bandidos da facção criminosa PCC de São Paulo”, relatou. O parlamentar acrescentou que, na ocasião, o município estava desguarnecido e, dessa forma, a Polícia Militar não pôde fazer frente ao ataque dos criminosos que estavam fortemente armados. Segundo Sargento Rodrigues, isso decorre do fato de a segurança pública em Minas Gerais estar sucateada. Ele disse que, em 2015, já tinha alertado para o problema ao verificar o orçamento para a área, o que foi se reduzindo ao longo desses anos. O parlamentar salientou também que a política pública referente à segurança construída ao longo de 12 anos pela gestão anterior está em risco.

 

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