Noraldino Júnior pede manejo populacional étnico de animais
Cristiano Silveira falou sobre barragem e sobre a caravana de Lula em Minas
Bonifácio Mourão criticou Pimentel e defendeu o governo de Antonio Anastasia
André Quintão condenou portaria do governo Temer sobre trabalho escravo

Oradores – Reunião Ordinária de Plenário de 17/10/17

Barragens da Samarco e da CSN, disputa entre governos e a nova portaria sobre trabalho escravo marcaram os debates.

17/10/2017 - 20:15

Barragem 1
O rompimento da Barragem de Fundão, da Samarco, que completa dois anos no próximo dia 5 de novembro, levou o deputado Noraldino Júnior (PSC) a ocupar a tribuna nesta terça-feira (17/10/17). O parlamentar disse que vai protocolar requerimento, que já conta com assinatura de vários parlamentares, solicitando que a empresa se responsabilize pelo controle do manejo populacional étnico de cães e gatos em todas as cidades atingidas pelo desastre. Segundo ele, após o rompimento, “por falta de políticas públicas, cresceu assustadoramente o número de animais em situação de rua, aumentando o risco de novas epidemias”. O parlamentar também defendeu a recuperação do Aeroporto da Serrinha, em Juiz de Fora (Zona da Mata), que considerou vital para a economia da região. Em aparte, o deputado Léo Portela (PRB) criticou o convite feito a uma drag queen para dar aulas no Colégio João XXIII, em Juiz de Fora, condenando o que chamou de “ideologia de gênero”.

 

Barragem 2
A exemplo do orador que o antecedeu, o deputado Cristiano Silveira (PT) também tratou do tema barragem. Ele se referiu a denúncia feita por moradores de Congonhas (região Central do Estado) contra a barragem de rejeito de minérios da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), lembrando audiência pública realizada naquele município para discutir o tema. Projeto de alteamento da barragem da CSN estaria assustando a população, em razão de instabilidades constatadas. Cristiano observou que a usina da CSN localiza-se no perímetro urbano e um acidente resultaria em milhares de vítimas. Entre outros assuntos abordados, o parlamentar também defendeu a realização de concurso público na Emater, elogiou a sua cidade natal, São João del Rei (região Central), que recebeu o título de cidade mais hospitaleira do Brasil, e se referiu à caravana do ex-presidente Lula, em Minas Gerais, que começará no próximo dia 23, em Ipatinga (Vale do Aço), encerrando-se no dia 30, em Belo Horizonte.

 

Críticas
O deputado Bonifácio Mourão (PSDB) criticou nota do Governo do Estado enviada à coluna Aparte, do jornal O Tempo, em resposta a informações publicadas sobre a dívida de Minas com a Embraer. O parlamentar leu trecho publicado na coluna, segundo a qual o governador Pimentel estaria atribuindo ao governo anterior, de Antonio Anastasia (PSDB), a culpa pela crise financeira do Estado, “que impossibilitou efetuar os repasses anuais à empresa desde 2015, acumulando uma dívida que pode ultrapassar R$ 12 milhões”. Na opinião de Bonifácio Mourão, a nota foi “agressiva e grosseira” e o PT busca “culpar os governos anteriores pelo descontrole das contas do Estado”. “Virou um mantra do PT culpar os governos anteriores pelos seus desacertos”, criticou, acrescentando que a dívida do atual governo não é só com a Embraer, mas também com a saúde e vários outros setores. Para Mourão, as críticas feitas a Antonio Anastasia seriam “injustas e inaceitáveis’.

 

Trabalho escravo
O deputado André Quintão (PT) criticou a recente portaria do governo federal que dá nova caracterização ao trabalho escravo. Segundo o parlamentar, ao “descaracterizar a definição e autuação do trabalho escravo no Brasil e dificultar o trabalho do auditor fiscal”, o governo Temer estaria atendendo a pedidos da bancada ruralista em troca de votos para “livrar a própria pele” nas votações no Congresso Nacional. “É uma resposta pragmática à bancada ruralista. Inacreditável que um presidente manche e envergonhe o nosso País com uma medida como essa, que atinge a civilização e os direitos humanos”, afirmou. O parlamentar lamentou ainda “o desmonte, o desarranjo e os retrocessos do governo” que aprofundaram a terceirização e permitiram as mudanças que precarizam as condições de trabalho. Ele também criticou o corte de 98,5% no orçamento para assistência social e de 82% nos programas de agricultura familiar.

Consulte os pronunciamentos realizados em Plenário.