O deputado Sargento Rodrigues defendeu penas mais duras para a posse ilegal de armas pesadas
João Leite citou dados que indicam o crescimento do número de assaltos ao comércio na Capital

Oradores – Reunião Ordinária de Plenário de 14/9/17

Parlamentares defendem criação de CPI para investigar o tráfico e o contrabando de armas pesadas e explosivos no Estado.

14/09/2017 - 16:43

Crime organizado
O deputado Sargento Rodrigues (PDT) defendeu a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para “traçar um diagnóstico do tráfico e do contrabando de armas pesadas e explosivos” que abastecem o crime organizado em Minas Gerais. O parlamentar disse ter conversado sobre o assunto com os colegas João Leite (PSDB), Vanderlei Miranda (PMDB) e o presidente da Assembleia, deputado Adalclever Lopes (PMDB). Segundo Rodrigues, a CPI não terá orientação partidária, mas cobrará providências tanto de instituições estaduais quanto federais. O deputado defendeu penas mais duras para quem é flagrado com armas pesadas. Em aparte, o deputado Coronel Piccinini (PSB) elogiou a iniciativa dos colegas de defender a CPI e afirmou que o Governo do Estado pretende criar uma força-tarefa para combater a ação de quadrilhas fortemente armadas no interior do Estado, fenômeno que vem sendo apelidado de novo cangaço.

 

CPI das armas
O deputado João Leite (PSDB) também se pronunciou em favor da criação de uma CPI para investigar o tráfico de armas pesadas e explosivos em Minas Gerais. Em sua avaliação, a CPI é a forma adequada de tratar o assunto por ser o “instrumento mais forte” que possui o Parlamento. Ele comentou pesquisa que ouviu representantes de 364 estabelecimentos comerciais de Belo Horizonte, segundo a qual 54,4% destas empresas sofreram ao menos uma ocorrência criminal entre agosto de 2016 e agosto de 2017. O índice, segundo João Leite, representa um crescimento de 22% em relação ao período anterior. Isso seria apenas um exemplo de como o crime tem se fortalecido no Estado. Outro exemplo, segundo ele, é o crescimento do número de armas pesadas apreendidas no Estado, em locais como o Aglomerado da Serra, na Zona Sul de Belo Horizonte. Para João Leite, apenas o entrosamento entre a União e o Estado pode enfrentar esse problema.