Comissão debate extração de granito no Sul de Minas

Exploração mineral no Santuário Ecológico de Pedra Branca é tema de audiência nesta quarta-feira (30).

25/08/2017 - 16:20 - Atualizado em 28/08/2017 - 15:00

A Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) fará audiência pública nesta quarta-feira (30/8/17), às 15 horas, no Auditório, para discutir a situação do Santuário Ecológico de Pedra Branca, em Caldas (Sul de Minas). O local é uma área de proteção ambiental (APA) e estaria sofrendo com o impacto da extração de granito. O requerimento para realização da reunião é de autoria do deputado Rogério Correia (PT).

Em 2014, foi criada uma Aliança em Prol da APA da Pedra Branca, com intuito de chamar a atenção para o impacto ambiental da mineração em Caldas. Os moradores da cidade defendem que a área tem grande valor ecológico e econômico e temem impactos negativos para o meio ambiente e a saúde da população local.

Segundo Daniel Tygel, presidente da Aliança, ao menos dez empresas trabalham com a mineração em Caldas, sendo que algumas já chegaram a ser autuadas por irregularidades e crimes ambientais, mas continuam em funcionamento, o que teria causado inúmeros problemas para os moradores.  

O deputado Rogério Correia explica que a audiência visa dar voz aos movimentos sociais de Caldas, que querem a criação de uma APA em nível estadual.

Preservação – O Santuário Ecológico de Pedra Branca fica no distrito de Pocinhos do Rio Verde, em Caldas. A área, com resquícios Mata Atlântica, possui grande diversidade natural.

O local foi transformado em APA por meio da Lei Municipal 1.973, de 2006, após a reivindicação da comunidade local, que desejava preservar a região da ação de mineradoras. A área também é aproveitada pela população, há décadas, para a produção agropecuária.

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