No dia 18 de agosto, lideranças estaduais estiveram na Usina de Miranda, em um ato contra o leilão

Comissão vai participar de protesto contra leilão de usinas

Manifestação em defesa da Cemig será nesta sexta-feira (25) na Hidrelétrica de São Simão, em Santa Vitória.

24/08/2017 - 11:48

Parlamentares da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) darão continuidade às suas ações contra o leilão das usinas da Cemig nesta sexta-feira (25/8/17). A Comissão de Minas e Energia irá a Santa Vitória (Triângulo Mineiro) para se unir à Frente Mineira em Defesa da Cemig em um protesto contra a venda das hidrelétricas. O evento será no acampamento da Plataforma Operária Camponesa de Energia, próximo à Usina de São Simão, às 14 horas.

São Simão é uma das usinas que o governo federal quer levar a leilão, juntamente com Jaguara, Miranda e Volta Grande. Juntas, a quatro hidrelétricas localizadas no Triângulo Mineiro são responsáveis por 50% da capacidade de geração da Cemig. A União pretende arrecadar R$ 11 bilhões com o leilão de São Simão, Jaguara e Miranda, que está marcado para o fim de setembro.

A maior crítica feita ao processo é a de que os custos devem acabar repassados ao consumidor. A tarifa de referência proposta para a empresa que ganhar o leilão é de R$ 140/Mwh de energia, mais de 50% maior do que os valores atuais.

“Há muito tempo não se via no Estado uma união de ideias tão forte quanto a que conseguimos contra a privatização proposta pelo presidente Michel Temer”, afirma o deputado Rogério Correia (PT), um dos autores do requerimento, também assinado pelo deputado Bosco (PTdoB).

A Cemig alega, ainda, que o contrato de concessão das usinas, de 1997, previa a renovação automática nos casos de São Simão, Jaguara e Miranda por mais 20 anos. Por isso, desde 2013, a empresa mantém disputas judiciais para continuar com o controle dessas unidades, o que tem se dado por meio de uma série de liminares (decisões provisórias).

A ALMG lidera um movimento para negociar com o governo federal uma solução que permita a continuidade da concessão das usinas com a Cemig, de modo a evitar prejuízos para o Estado e para os consumidores mineiros. Eles participaram de um ato público na Usina de Miranda na última sexta-feira (18) e pretendem fazer o mesmo na Usina de Jaguara.