Agentes socioeducativos
O deputado João Leite (PSDB) elogiou a atuação dos agentes socioeducativos do Estado e saudou os que estavam presentes nas galerias do Plenário. Na opinião dele, os agentes recorrem à Assembleia de Minas para lutar pelo direito legítimo de ter o porte de arma, pois são responsáveis pela guarda de adolescentes infratores. “Muitos desses menores fazem parte de quadrilhas, que vêm usando-os para cometer crimes graves”, afirmou João Leite, acrescentando que, pela legislação atual, esses jovens não podem ser punidos adequadamente. Em aparte, a deputada Marília Campos e o deputado Durval Ângelo, ambos do PT, elogiaram a revogação, pela Justiça mineira, de portaria do Ministério Público que permitia o acolhimento compulsório de bebês filhos de mães dependentes químicas. “Encerramos um capítulo dessa história com final feliz, e a Assembleia teve papel importante nessa vitória”, disse Marília Campos.

Congresso
O deputado Fabiano Tolentino (PPS) também manifestou seu apoio à concessão de porte de armas aos agentes socioeducativos. O que pautou seu discurso, no entanto, foi a decisão da Câmara dos Deputados de não autorizar que o presidente Michel Temer respondesse a processo por corrupção passiva. Segundo Fabiano Tolentino, os deputados federais envergonharam o País ao trocarem votos a favor do presidente por emendas parlamentares e indicações para cargos comissionados. “Eles mostraram que o Executivo manda no Legislativo”, afirmou. O parlamentar alertou que, com o papel preponderante da internet na sociedade, os políticos que protegeram o presidente já estão sendo julgados nas redes sociais e podem perder muitos votos nas próximas eleições. Fabiano Tolentino também ressaltou a necessidade de "enxugar" a máquina pública e de cortar privilégios em todas as esferas de poder.

Seca
Cumprimentando os agentes penitenciários, o deputado Carlos Pimenta (PDT) afirmou que os pleitos trazidos por eles terão ressonância na Assembleia. Ele também reclamou da seca no Norte de Minas e parte dos Vales do Jequitinhonha e do Mucuri, acrescentando que 80% dos córregos e rios dessas regiões estão secos e que o rebanho bovino foi reduzido pela metade. “Montes Claros já sofre com o rodízio no abastecimento de água, um caos numa cidade de 450 mil habitantes!”, lamentou. Criticou a atuação da Copasa, que, em vez de fazer a Barragem de Congonhas, no Norte de Minas, o que resolveria o problema de abastecimento da cidade, furou poços artesianos profundos. Segundo Carlos Pimenta, a empresa defende a captação de água do Rio Pacuí, que estaria quase seco. Em aparte, o deputado Gustavo Correa (DEM) criticou as obras que a BHTrans vem fazendo na Avenida Nossa Senhora do Carmo, em Beo Horizonte, que teriam tornado o trânsito caótico.

Programas sociais
O deputado Paulo Guedes (PT) questionou o corte de verbas do governo federal para programas sociais, em especial o Leite pela Vida, que distribui leite produzido por agricultores familiares a famílias de baixa renda das regiões Norte e Nordeste de Minas. De acordo com Paulo Guedes, o Executivo já chegou a repassar R$ 100 milhões por ano ao programa, mas, neste ano, apenas R$ 1 milhão teria sido destinado ao Leite pela Vida. Paulo Guedes cobrou um posicionamento firme dos deputados federais mineiros em relação aos cortes, que também estariam atingindo outras ações em prol da população de baixa renda, e sugeriu a mobilização de vereadores e prefeitos para pressionar os representantes do Estado no Congresso Nacional. Em aparte, Carlos Pimenta concordou com o colega.

Corrupção
Citando o deputado Paulo Guedes, que criticou cortes no programa Leite pela Vida, Sargento Rodrigues (PDT) disse que iria “falar dos que mamam nas tetas do Estado”. Ele discursou sobre a delação de Benedito Oliveira, que denunciou o aluguel de quitinete em Brasília (DF) para guardar R$ 15 milhões de propinas para Pimentel. Segundo Sargento Rodrigues, após decisão do Supremo Tribunal Federal, caberá ao Superior Tribunal de Justiça processar o governador por crimes comuns, como lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. Ele lamentou que, devido aos desvios, falte dinheiro para investimentos na educação e na segurança e informou que foi aprovada, na Comissão de Segurança Pública, audiência sobre a política de segurança de Minas. Em aparte, o deputado Antonio Carlos Arantes (PSDB) anunciou que equipes da Polícia Civil do Sul de Minas estão no encalço de uma quadrilha que assalta cafeicultores da região. 

Consulte os pronunciamentos realizados em Plenário.