Deputados foram conhecer os programas desenvolvidos pelo Hospital Júlia Kubistchek, as obras inacabadas no local e a unidade do Hemominas dentro da instituição

Posto do Hemominas no Barreiro não será fechado

Horário de funcionamento da unidade do Hospital Júlia Kubitschek será adaptado para otimizar doações de sangue.

18/05/2017 - 14:14 - Atualizado em 18/05/2017 - 15:48

Mudanças no horário de funcionamento do posto de coleta do Hemominas no Hospital Júlia Kubitschek e conflitos com a Associação Mãos Amigas, que atua na unidade de saúde em Belo Horizonte, levaram os parlamentares da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) até o local.

Na manhã desta quinta-feira (18/5/17), eles estiveram no hospital para entender os problemas. O diretor do Hemominas, Fernando Basques, acompanhou os deputados na visita. Segundo ele, a partir de agosto a unidade funcionará com todos os funcionários trabalhando na coleta de manhã apenas, de segunda a sábado.

A medida, disse o diretor, visa à eficiência do trabalho e deve reduzir o tempo de espera dos doadores nos horários mais cheios. “O que é benéfico para a população é um atendimento rápido e eficiente, além do mais importante: sangue de qualidade disponível para quem precisa”, afirmou. De acordo com Basques, o modelo já é seguido em alguns dos 24 postos do Hemominas com sucesso.

O Hemominas argumenta que não há demanda para o horário integral, uma vez que a maioria das pessoas doa sangue na manhã de sábado. Durante a tarde, um período longo, de cerca de três horas, é praticamente vazio, já que o almoço inviabiliza a doação.

Diante desse quadro, os funcionários ficariam ociosos por longos períodos, enquanto doadores esperariam por longas horas nos horários mais cheios. Fernando Basques afirmou, ainda, que está em estudo uma escala que permita a abertura do centro à noite pelo menos uma vez por semana, para atender aqueles que não podem ir até lá durante o dia em função de trabalho.

Os parlamentares se disseram mais tranquilos diante das explicações. “Entendemos que não há projeto para fechamento do posto de coleta e era isso que mais nos preocupava”, disse o deputado Anselmo José Domingos (PTC). Ele defendeu, ainda, a contratação de novos funcionários para o posto e a realização de campanhas na região para aumentar o número de doadores.

Voluntários temem despejo

Um grupo de voluntários que trabalha em uma das salas do Hospital Júlia Kubitschek, a Associação Mãos Amigas, denunciou que a atual gestão estaria ameaçando-os de despejo.

Uma das voluntárias, Sarah Silva Campos, explicou que o grupo atua na unidade há mais de 20 anos e ajuda os pacientes mais carentes, atendendo a necessidades relativas tanto a remédios e exames como roupas, dinheiro para passagens, fraldas e outros itens de necessidade básica. Eles também teriam viabilizado uma série de melhorias físicas nos espaços do hospital, tudo feito com doações.

De acordo com ela, a atual gestão estaria exigindo documentos que eles não possuem e dizendo que eles não podem atuar dentro do hospital. Os funcionários da unidade de saúde, como enfermeiros e assistentes sociais, teriam sido proibidos de repassar aos voluntários os pedidos e necessidades dos pacientes.

Os parlamentares mediaram, durante a visita, uma reunião entre representantes do grupo e da diretoria. O deputado Carlos Pimenta (PDT), autor do requerimento que possibilitou a visita, disse que a questão foi resolvida. “A diretoria garantiu que o grupo permanecerá atuando no hospital e os detalhes para que o convênio formal seja firmado serão resolvidos”, afirmou.

Consulte o resultado da visita.