A visita começa pelo Aeroporto da Pampulha e depois segue para Confins (foto) - Arquivo ALMG

Volta de voos à Pampulha motiva visitas a aeroportos

Possibilidade de autorização da Anac leva deputados da Comissão de Desenvolvimento Econômico a vistoriar terminais.

05/05/2017 - 13:30 - Atualizado em 05/05/2017 - 16:12

A Comissão de Desenvolvimento Econômico da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) visita na manhã desta terça-feira (9/5/17) os Aeroportos da Pampulha, na Capital, e de Confins, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). A atividade, que atende a requerimento do deputado Gustavo Valadares (PSDB), está prevista para começar às 8 horas, no Aeroporto da Pampulha (Praça Bagatelle, 204, Bairro São Luís), seguindo depois para Confins (Área de Proteção Ambiental Carste de Lagoa Santa - LMG-800, s/número).

As visitas serão um desdobramento da audiência pública realizada no último dia 25 de abril, na ALMG, para discutir a retomada de voos comerciais com aeronaves de grande porte na Pampulha. Na ocasião, a possibilidade foi rechaçada pela maior parte dos participantes do debate.

O principal argumento contrário é a necessidade de não gerar competição predatória com o terminal internacional, em Confins, o que prejudicaria a conectividade da Capital com o restante da malha aérea nacional e internacional.

Outro argumento é garantir a segurança jurídica dos investidores da concessionária que administra Confins, a BH Airport. Atualmente, o aeroporto só recebe voos de táxi-aéreo, feitos por aviões de pequeno porte.

Na audiência, Gustavo Valadares acusou o Executivo de estar por trás da tentativa de reativação de voos na Pampulha para se opor às realizações da última administração estadual. “Não podemos permitir que se jogue fora mais de R$ 900 milhões investidos neste terminal, responsável por gerar 8 mil empregos na região metropolitana”, afirmou.

"O aeroporto internacional tornou-se rota das principais conexões e ainda levou desenvolvimento para o vetor norte da cidade. O que precisamos é focar em melhorias nos corredores de mobilidade até Confins, que desde sua reativação só trouxe benefícios aos mineiros", sugere Gustavo Valadares.

Impacto ambiental - Os moradores da região da Pampulha também são contra o retorno dos grandes jatos ao aeroporto, sobretudo em função dos impactos ambientais. Segundo informações da Associação dos Moradores do Bairro Jaraguá, no entorno moram 160 mil pessoas, que seriam diretamente prejudicadas pelo aumento da poluição sonora.

Do outro lado, favoráveis a retomada dos voos comerciais de grande porte na Pampulha, estão, por exemplo, a Prefeitura de BH, a administração do próprio terminal, comerciantes e taxistas. O principal argumento é que a atividade dele seria complementar a de Confins e não predatória.

As exigências de segurança da Agência Nacional de Aviação (Anac) já teriam inclusive sido cumpridas, o que já permite pouso e decolagens de aviões do porte do Boeing 737.