Isauro Calais criticou a reforma da Previdência Social
Emidinho Madeira falou do projeto Propriedade Rural
Duarte Bechir homenageou presidente do TJMG
João Leite denunciou salários de membros da Codemig
André Quintão manifestou-se contra às reformas do governo federal
Rogério Correia declarou seu apoio à greve geral

Oradores - Reunião Ordinária de Plenário de 26/4/17

Greve geral, homenagem ao presidente do TJMG e salários na Codemig foram temas que mobilizaram os parlamentares.

26/04/2017 - 18:55 - Atualizado em 27/04/2017 - 11:33

Greve geral I
O deputado Isauro Calais (PMDB) declarou seu apoio à mobilização de greve geral organizada para a próxima sexta-feira (28/4/17) em todo o País. Segundo ele, a Proposta de Emenda à Constituição Federal (PEC) 287/16, a chamada reforma da Previdência, será um grande retrocesso e não passou por um debate público que esclarecesse para a população os pontos polêmicos. “Também sou contra privilégios de certas classes aos custos da classe trabalhadora assalariada. Por que não estão incluídos na reforma membros da polícia, do Legislativo e do Executivo?”, questionou. O parlamentar ressaltou que é a favor de reformar a Previdência, mas que a forma proposta não é a ideal e não irá resolver o problema. Ele também manifestou-se contrariamente ao Projeto de Lei Federal (PL) 6.787/16 e disse que a reforma trabalhista está sendo “enfiada goela abaixo” do trabalhador. “O Congresso, sem discutir com a população, não tem autoridade para aprovar essas reformas”, completou.

 

Segurança no campo
O projeto Propriedade Rural Protegida foi destacado pelo deputado Emidinho Madeira (PSB). O programa é fruto da parceria entre as Polícias Civil e Militar, o Instituto Federal de Muzambinho (Sul de Minas) e o Consórcio Público para o Desenvolvimento do Café no Sul e Sudoeste de Minas (Concafé). O consórcio elegeu no início de abril seu novo presidente, o prefeito de Carmo do Rio Claro (Sul de Minas), Sebastião Cezar Lemos, que foi parabenizado pelo parlamentar. Segundo o deputado, o projeto vai dotar os produtores rurais de um aplicativo que integra a comunidade à PM, tornando mais ágil a identificação do local da ocorrência e a chegada da polícia. Várias reuniões têm sido realizadas na região com o objetivo de sensibilizar os prefeitos e produtores rurais para a importância de implantar o sistema. “Estamos levando segurança ao campo, seja para o pequeno, o médio ou o grande produtor, que passa por grandes dificuldades”, afirmou.

 

Presidente do TJMG
O deputado Duarte Bechir (PSD) homenageou o presidente do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, desembargador Herbert José Carneiro, que está completando 25 anos de magistratura. Na opinião de Duarte Bechir, o juiz sintetiza a imagem dos que fazem da magistratura um sacerdócio. O deputado lembrou que Herbert ingressou na carreira em 1992, em Almenara (Vale do Jequitinhonha), trabalhou em Caratinga (Vale do Rio Doce) e veio em 1998 para a Capital, onde se tornou juiz diretor dos Juizados Especiais Criminal e Cível. Também se elegeu presidente da Associação dos Magistrados Mineiros (Amagis). O parlamentar elogiou a determinação do magistrado em lutar para que todas as comarcas mineiras tenham, pelo menos, um juiz. Concordaram com os elogios de Duarte Bechir os deputados Roberto Andrade (PSB), Glaycon Franco (PV), Isauro Calais (PMDB), Tiago Ulisses (PV), Carlos Pimenta (PDT) e Dalmo Ribeiro Silva (PSDB).

 

Codemig
O deputado João Leite (PSDB) denunciou que salários “exorbitantes” estão sendo pagos a membros da Codemig, enquanto os servidores públicos estaduais ainda não receberam a 3ª parcela de seus pagamentos. No que ele chamou de “boquinha da Codemig”, o parlamentar falou de remunerações com valores superiores a R$ 50 mil e citou o secretário da Fazenda, José Afonso Bicalho Beltrão da Silva, e o ex-deputado federal Virgílio Guimarães, cada um deles ganhando R$ 7.500 por fazerem parte do conselho da companhia. “Nós temos pessoas com ensino médio recebendo R$ 17 mil. Minas não vai aguentar isso”, ponderou. Em aparte, o deputado Arlen Santiago (PTB) criticou o Projeto de Lei 4.135/17, do governador, e disse que as informações sobre os 7 mil imóveis que o governo quer vender estão sendo “sonegadas”, por não constarem na matéria. Sobre a Codemig, o parlamentar do PTB disse que R$ 5 milhões foram investidos em propaganda para “falar do nióbio de Araxá (Alto Paranaíba)”.

 

Greve geral II
O deputado André Quintão (PT) manifestou-se contra as reformas trabalhista e previdenciária e pela greve geral de 28 de abril. “São os grandes problemas que precisam ser tratados e não nomes de listas”, disse. Elogiou o governador, por se colocar contra as exigências de Michel Temer para renegociar a dívida de Minas com a União, como privatizar estatais. “Por que os partidos de oposição da ALMG não se manifestam contra as reformas?”, questionou. Em aparte, Rosângela Reis (PV) defendeu que o governo busque opções para trazer recursos ao Estado. Em questão de ordem, o deputado Antônio Jorge (PPS) afirmou que André Quintão tem uma atitude sincera de contribuir para a discussão, mas respondeu que o debate não tem acontecido no Parlamento mineiro por ausência da base. Antônio Jorge completou que muitos deputados de partidos aliados a Michel Temer não concordam com algumas posições dele, como a PEC do teto dos gastos públicos e a reforma da Previdência.

 

Greve geral III
O deputado Rogério Correia (PT) falou da grande mobilização popular em torno da greve geral, destacando que nesta quarta (26) a Câmara dos Deputados, como forma de “retaliação”, mobilizou-se pela votação do Projeto de Lei (PL) 6.787/16. “Se aprovada a reforma trabalhista, o que for negociado prevalecerá e os trabalhadores perderão no que negociarem, pois as empresas têm mais poder de barganha e a lei não vai protegê-los. Sabe-se lá o que vai sobrar para o trabalhador”, reforçou. O parlamentar afirmou também que o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff foi resultado de uma “briga para acabar com um partido”, mas que acabou “desmanchando” a política. “A retirada da presidenta teve como consequência direta a retirada dos direitos. Essa reforma da Previdência, nem mesmo na época da ditadura passamos por isso. Na década de 1980, o Chile privatizou a Previdência e hoje os aposentados estão em situação calamitosa”, completou.

 

Consulte os pronunciamentos realizados em Plenário.