O deputado Roberto Andrade se mostrou preocupado com o aumento da violência no campo
Bonifácio Mourão pediu providências imediatas para epidemias
Gustavo Valadares defendeu convocação de formandos da Fundação João Pinheiro
Geraldo Pimenta convidou para a greve geral do dia 28 de abril

Oradores - Reunião Ordinária de Plenário de 20/4/17

Violência no campo, recurso para saúde, cotas na Fundação João Pinheiro e greve do dia 28 foram temas levados à tribuna.

20/04/2017 - 18:24

Delegacia regional
A instalação de uma delegacia regional em Viçosa (Zona da Mata), a ser inaugurada em maio, foi elogiada pelo deputado Roberto Andrade (PSB). Ele lembrou que, atualmente, as ocorrências policiais fora do horário comercial de trabalho precisam ser registradas em cidades vizinhas. Roberto Andrade citou um acidente de carro que matou cinco pessoas, que saíam de uma comunidade rural para registrar um crime em Nova Lima, como exemplo do transtorno que a ausência de uma delegacia pode provocar. Ele acredita que com o novo serviço será minimizada a criminalidade no município. Por outro lado, o deputado chamou a atenção para o aumento da violência rural. Segundo o parlamentar, o homem do campo fica isolado em suas pequenas propriedades, sem celulares ou condições de pedir socorro e, por isso, têm sido vítimas de criminosos. Em aparte, o deputado Sargento Rodrigues (PDT) concordou com o colega e reclamou da redução de recursos para as polícias civil e militar em Minas.

Crise na saúde
O atraso de repasses de recursos da saúde do governo estadual para os municípios está provocando o aumento de doenças epidêmicas, como dengue e chikungunya, na avaliação do deputado Bonifácio Mourão (PSDB). Ele reclamou que Governador Valadares (Vale do Rio Doce) já registra 60% dos casos de chikungunya em Minas Gerais e sugeriu que sejam repassados o mesmo percentual em verbas para o combate à epidemia. Ele também questionou a destinação de recursos do Estado para 14 hospitais regionais, indagando qual o critério para a escolha dessas instituições e não de outras. “Temos que cobrar um tratamento sério e digno com a saúde”, afirmou. Bonifácio Mourão respondeu às críticas do deputado André Quintão (PT), sobre obras inacabadas pelos governo anteriores e herdadas pelo atual. Segundo ele, muitas das obras citadas já estão prontas e outras, como os hospitais regionais foram entregues com 80% pronto, mas não foram continuadas pela gestão atual.

Nomeações
O deputado Gustavo Valadares (PSDB) se disse surpreso com a sugestão da deputada Marília Campos (PT) de ampliar para a Fundação João Pinheiro (FJP) a política de cotas raciais e sociais, contida no Projeto de Lei 4.092/17, do governador Fernando Pimentel. Ele ironizou que antes dessa ampliação é preciso discutir “o renascimento” da instituição. O deputado criticou mudanças promovidas pelo executivo na FJP que, em sua opinião, têm objetivos de extinguí-la. Citou a nomeação no início do ano de 1.867 pessoas em cargos comissionados, que não contemplou os formandos da escola. Em aparte, André Quintão (PT) afirmou que a medida visou repor cargos vagos em outros órgãos e que o governo já está negociando o aproveitamento dos alunos da FJP. Gustavo Valadares voltou a criticar o projeto do governador que permite alugar imóveis do Estado, reafirmando que a proposição só deve continuar a tramitar após uma lista completa com todos os dados desses bens.

 

Greve
A tônica do discurso do deputado Geraldo Pimenta (PCdoB) foi a liberdade. Ele exaltou a comemoração de 21 de abril (Dia de Tiradentes) e lamentou a passagem do dia 17, quando se completou um ano do processo que culminou com o impeachment da presidenta Dilma Rousseff, que ele considerou como um “golpe judicial, midiático e parlamentar”. Na avaliação do parlamentar, esses 12 meses representaram um retrocesso, “com grave atentado à democracia e aos direitos dos trabalhadores”. Para Geraldo Pimenta, o governo atual deixa claro subordinação aos interesses dos Estados Unidos e não há saída possível para a crise política e econômica do Brasil que não seja a substituição do presidente Michel Temer. Ele conclamou os trabalhadores a participarem da greve geral convocada para o próximo dia 28 de abril, contra as reformas trabalhista e da previdência. “Vamos parar e dizer a esse governo que não aceitamos essas reformas”.

 

Consulte os pronunciamentos realizados em Plenário.