Não pagamento de depósitos judiciais gera debate em comissão
Deputados querem que Estado, Banco do Brasil e Tribunal de Justiça esclareçam impasse.
29/03/2017 - 11:44 - Atualizado em 29/03/2017 - 15:13As dificuldades que os cidadãos estariam encontrando para receber valores de depósitos judiciais a que fazem jus motivaram uma discussão entre deputados da Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária (FFO) da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), na reunião desta quarta-feira (29/3/17).
O deputado Felipe Attiê (PTB) apresentou requerimento, a ser apreciado na próxima reunião, para que a Secretaria de Estado de Fazenda, o Tribunal de Justiça (TJ), o Banco do Brasil, a Advocacia Geral do Estado e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) prestem informações sobre o não pagamento dos depósitos judiciais, liberados por meio de alvará do TJ, pelo Banco do Brasil.
Para o parlamentar, é função do Legislativo, que em 2015 foi favorável ao projeto que autorizou a utilização de depósitos judiciais pelo Estado, debater o problema e cobrar explicações dos órgãos envolvidos na questão.
Os deputados Cássio Soares e Lafayette de Andrada, ambos do PSD, parabenizaram a iniciativa do colega. Cássio Soares lembrou que quando foi apreciado pela ALMG, o projeto previa que o governo utilizasse apenas uma parte dos fundos que contêm os depósitos judiciais, o que garantiria ainda um percentual suficiente para a quitação das demandas da Justiça.
O deputado Ivair Nogueira (PMDB) defendeu que a questão seja esclarecida, mas ponderou que, na época a utilização dos depósitos, essa foi a alternativa encontrada para solucionar os problemas financeiros do Estado.