Com a finalidade de debater a promoção da cidadania para a população em situação de rua, a Comissão de Participação Popular da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) se reúne nesta terça-feira (29/11/16), em uma reunião solicitada pela presidente da comissão, a deputada Marília Campos (PT). O tema será debatido às 14h30, no Teatro.

De acordo com o gabinete da deputada, a situação de rua ocorre pelo rompimento do tecido social e dos vínculos familiares do indivíduo. Segundo uma pesquisa realizada pelo Ministério de Desenvolvimento Social, 80% da população de rua é do sexo masculino, sendo diversas as motivações que levam a essa circunstância: 30% ocorrem pelo desemprego, 29% por conflitos e desavenças familiares e 15% têm histórico de mendicância. A motivação pelo uso de drogas é de difícil mensuração, em virtude do grau de dependência.

Ainda conforme informações da assessoria da deputada Marília Campos, as redes de atendimento e acolhimento temporário, quando existentes, são insuficientes e a demanda para ampliar e reestruturar esses serviços recai sobre os municípios.

Para oferecer esse atendimento, as cidades acima de 300 mil habitantes estabeleciam parcerias com o Governo Federal. Entretanto, com o aumento da população de rua, os municípios com mais de 100 mil habitantes, bem como aqueles menores das regiões metropolitanas também já têm se deparado com essa complexa situação.

"A finalidade da audiência é discutir a política habitacional para a população em situação de rua, que, aliada às redes de atendimento e acolhimento temporário, podem se constituir em arranjos e soluções mais estruturadores das condições de vida desse segmento populacional", explica a deputada.

Convidados - Para o debate, foram convidados a secretária adjunta de Estado de Cidades e Integração Regional, Izabel Cristina Chiodi de Freitas; a subsecretária de Estado de Política Urbana, Larissa de Albuquerque Sgarbi; o representante da Pastoral Nacional do Povo de Rua, Gladston de Andrade Figueiredo; e o membro da Secretaria Executiva do Centro Gaspar de Direitos Humanos, Luiz Tokuzi Kohara.