Combustíveis ficam em média 2,16% mais caros em outubro
Pesquisa do Procon Assembleia considerou 147 postos de Belo Horizonte e da Região Metropolitana.
31/10/2016 - 11:29A redução do preço da gasolina nas refinarias, anunciada pelo Governo Federal em meados de outubro deste ano, não chegou às bombas dos postos. Pelo contrário, neste mês, foi detectada uma alta média de 1,93%, conforme constatou a mais recente pesquisa de preços do Procon da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), que percorreu 147 revendas em Belo Horizonte e Região Metropolitana nos dias 26 e 27/10/16. De forma geral, os combustíveis ficaram em média 2,16% mais caros.
Consulte a pesquisa completa de preços de combustíveis.
Um dos motivos alegados pelo mercado para esse aumento foi o reajuste do etanol, que chegou a 10,38%, segundo a pesquisa. Como esse combustível é adicionado à gasolina comum na proporção de 27%, a redução do preço na refinaria pode ter servido, no máximo, como um atenuante à alta dos combustíveis.
Em algumas regiões da Capital, o etanol encareceu ainda mais. Na região Leste, o produto subiu 13,21%; na Norte, 12,98%; e, em Contagem, a alta chegou a 13,51%, verificou o Procon Assembleia. O menor reajuste ocorreu na Pampulha, com 6,65%. No caso da gasolina, Contagem também registrou o maior aumento, com 4,01%, seguido pelas regiões Norte (3,08%) e Nordeste (2,90%).
Dependendo do posto onde abastece o seu veículo, o consumidor pode encontrar preços com diferença de até 32,40% para o litro do etanol. O mais barato foi encontrado em um estabelecimento da região Noroeste (R$ 2,466). Para a gasolina comum, a variação entre o mais barato e o mais caro chegou a 18,70%. Já o diesel pode ser encontrado por R$ 2,259 em um posto de Contagem e por R$ 3,995 na região Nordeste da Capital, uma variação de 76,85%.
O Procon Assembleia constatou ainda que, em outubro de 2016, o litro do etanol está custando entre 69,5% e 104% do preço cobrado pelo litro da gasolina comum. Para quem tem carro bicombustível essa informação é importante porque, segundo cálculos de especialistas, abastecer com etanol só é vantajoso se essa proporção for inferior a 70%, devido ao maior consumo do combustível derivado da cana. Ou seja, atualmente praticamente não vale a pena abastecer com etanol. Os postos são obrigados a informar esse percentual em locais visíveis e próximos às bombas de abastecimento.
GNV - O gás natural veicular (GNV) ficou em média 1,28% mais barato e, o diesel, 0,35% mais caro.