Afastamento
O ofício do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que encaminha denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal contra o governador, foi o tema do deputado Gustavo Valadares (PSDB). “Nos próximos 30 dias, a Assembleia verá algo jamais visto em Minas”, afirmou ele, referindo-se à definição quanto ao STJ poder ou não processar Pimentel pelas denúncias na operação Acrônimo. Valadares discordou da consulta ao Legislativo, pois entende que a Constituição Estadual prevê o afastamento do governador se for recebida a denúncia pelo STJ. Ele disse ainda que o futuro da ALMG e dos deputados está em jogo nesse processo e que os mineiros não aceitarão um posicionamento diferente do afastamento. Alertou também que quem não comparecer para votar sofrerá retaliação em 2018. Em aparte, Sargento Rodrigues (PDT) denunciou que o comandante da Polícia Militar, coronel Marco Antônio Bianchini, teria recebido R$ 120 mil em diárias durante 21 meses.

Passagens
O deputado Alencar da Silveira Jr (PDT) defendeu a redução do preço das passagens de ônibus, durante seu discurso. Na opinião dele, essa medida só ocorrerá com uma nova legislação que permita a desoneração das passagens do transporte coletivo. Ele lembrou que quase a metade do valor pago pelo usuário do transporte vai para pagamento de impostos às várias esferas de governo. Alencar complementou que, se fossem retirados os impostos das passagens, como ocorre com os produtos da cesta básica, o valor cairia cerca de 50%. Tratando da reforma política, Alencar defendeu uma constituinte exclusiva para realizar essa tarefa. Uma das medidas sugeridas foi a unificação das eleições, que se realizariam de quatro em quatro anos. Ele afirmou que a população deu o recado de sua insatisfação nas últimas eleições. Por fim, ele propôs a realização de plebiscito em Minas para decidir se o Estado mantém ou retira o horário de verão.

Saúde
O deputado Bonifácio Mourão (PSDB) criticou a paralisação das obras do Hospital Regional de Governador Valadares (Vale do Rio Doce). Segundo ele, no orçamento de 2016, o governador alocou R$ 45 milhões para o Hospital Regional de Teófilo Otoni (Vale do Mucuri), R$ 35 milhões para o de Montes Claros (Norte de Minas) e apenas R$ 81 mil para o de Valadares. “Montes Claros já tem a Santa Casa e o hospital universitário, mas Valadares só tem o hospital regional, que está exaurido”, afirmou. Mourão divulgou também que o contrato com a empresa que estava construindo o hospital terminou e será necessário colocar mais dinheiro no novo contrato. Por fim, Mourão relatou que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou que a Constituição Mineira não prevê a necessidade de aprovação da ALMG para afastar o governador. Em aparte, Celise Laviola (PMDB) e Gustavo Valadares se solidarizaram com o colega na questão do Hospital Regional.

Consulte os pronunciamentos realizados em Plenário.